Inflação oficial de fevereiro e acumulado nos 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no país, variou 0,90% no mês passado, abaixo tanto de janeiro como de fevereiro de 2015. O acumulado no primeiro bimestre (2,18%) também é inferior ao de igual período do ano passado (2,48%), e a taxa em 12 meses também cedeu, embora continue nos dois dígitos, passando de 10,71% para 10,36%. Os resultados foram divulgados hoje (9) pelo IBGE.

Dois dos grupos de maior peso no orçamento familiar tiveram taxas menores em fevereiro. O grupo Alimentação e Bebidas passou de 2,28%, em janeiro, para menos da metade: 1,06%. Já Habitação, que havia subido 0,81%, teve variação de -0,15%, com queda de 2,16% nas contas de energia elétrica, enquanto a taxa de água e esgoto registrou elevação de 1,72%.

Entre os nove grupos, a maior alta veio de Educação (5,90%), refletindo, segundo o IBGE, "os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,43%" – foi o item que mais contribuiu para a taxa no mês (0,21 ponto percentual). As altas dos cursos variam de 3,99% (região metropolitana de Recife) a 10,88% (Rio de Janeiro). Nas mensalidades dos chamados cursos diversos, como idioma e informática, a variação foi de 5,53%.

De acordo com o instituto, os grupos Educação e Alimentação e Bebidas contribuíram com 60% do resultado do mês, cada um com 0,27 ponto percentual.

Ainda entre os alimentos, as principais altas em fevereiro vieram de cenoura (23,79%), farinha de mandioca (11,40%), açaí (10,06%) e três tipos de feijão: mulatinho (9,76%), fradinho (8,72%) e preto (8,43%). Dos itens em queda, os destaques foram o tomate (-12,63%) e a batata inglesa (-5,70%).

O grupo Transporte também subiu menos (de 1,77% para 0,62%), com o impacto na taxa geral diminuindo de 0,33 para 0,11 ponto percentual. Com aumentos em várias regiões, as tarifas de ônibus urbanos tiveram alta de 2,61%, enquanto os intermunicipais a variação no mês foi de 2,17%. Refletindo reajustes ocorridos no Rio de Janeiro e em São Paulo, a tarifa de trem subiu 3,83%.

Os preços dos combustíveis também aumentaram: 4,22% no caso do etanol e 0,55% na gasolina. Já as passagens aéreas recuaram 15,83%.

Nos demais grupos, o IBGE destaca as variações de TV por assinatura e internet (7,86%), TV, som e informática (2,80%), artigos de higiene pessoal, (1,90%), conserto e manutenção (1,90%), cigarro (1,89%), eletrodomésticos (1,50%), plano de saúde (1,06%), serviços médicos e dentários (0,76%) e cabeleireiro (0,70%).

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi apurado em Salvador (1,41%), com impacto de alta de 2,55% nos preços dos alimentos. O menor foi registrado em Vitória (0,28%), onde os alimentos variaram 0,36%. O IPCA variou 1,11% em Belém, 0,99% em Belo Horizonte, 0,69% em Brasília, 0,80% em Fortaleza, 0,81% em Goiânia, 0,97% em Porto Alegre, 1,29% em Recife, 0,68% no Rio de Janeiro e 0,82% em São Paulo. Em 12 meses, varia de 8,94% (Vitória) a 11,82% (Fortaleza).

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,95%, também abaixo de janeiro e de fevereiro do ano passado. Em 12 meses, vai a 11,08%, ante 11,31% no período imediatamente anterior.

(Fonte: Rede Brasil Atual)