Por iniciativa do diretor da Confederação
Nacional dos Vigilantes (CNTV) e deputado
distrital Chico Vigilante (PT), a Câmara
Legislativa homenageou, na última terçafeira
(20), o Dia Nacional do Vigilante. A
homenagem foi transformada em um ato
em defesa dos direitos dos trabalhadores
e contra as reformas da Previdência e
trabalhista, impostas ao povo brasileiro pelo
governo golpista de Michel Temer.
O representante da categoria no Poder
Legislativo contou que antes da década
de 80, a categoria era reconhecida e não
tinha sequer um nome. “Éramos chamados de guardinha, vigia, guardião. Tudo que
temos hoje é fruto da união e da luta desta
categoria. Quando encabecei essa batalha,
em 1977, os vigilantes não tinham nada.
Graças ao nosso empenho e mobilização,
conseguimos que esta categoria se tornasse
uma das mais respeitadas do Brasil”, relatou
Chico Vigilante.
Já o secretário Geral da CNTV, Cláudio José,
lembrou os mais de 30 anos da Lei 7.102 e os
avanços da categoria até hoje, inclusive em
sua organização nacional com a criação da
Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).
A luta pela reblindagem de carro-forte, por
exemplo, foi relembrada por ele. “Quando
começamos a sofrer ataques, vigilantes
morrendo, nós conseguimos com a força
da Confederação, com a força da categoria,
alcançar nossos objetivos e obrigar que
as empresas fizessem a reblidagem dos
veículos. Esse é apenas um dentre tantos
outros exemplos da luta de uma entidade
séria com cada um dos vigilantes do país”,
afirmou.
Sobre o momento atual, Chico alertou que
as reformas trabalhistas e da previdência
ameaçam todas as conquistas que a categoria
obteve nos últimos 40 anos. Segundo ele, umas
das principais perdas será a possibilidade
do fim da aposentadoria especial para o
profissional da segurança privada.
O desembargador do Tribunal Regional
do Trabalho da 10ª Região, Mário Caron,
ressaltou a importância de comemorar a
data diante da importância que categoria
tem para sociedade. Para o desembargador,
os vigilantes terão papel fundamental para
derrotar as medidas antidemocráticas
imposta pelo governo Michel Temer.
O desembargador pediu aos trabalhadores
para aderirem à greve geral que será
realizada no próximo dia 30 de junho contra
as reformas que “estão sendo empurradas por um governo golpista”.
“Os trabalhadores têm que mostrar para
aos congressistas e para toda a sociedade
que eles existem, que têm voz e braços. Se
estivéssemos no estado democrático de
direito estas reformas não passariam. A classe
trabalhadora tem que parar este País contra
essa reforma”, pediu o desembargador. “Se
essas reformas forem aprovadas, não teremos
justiça do trabalho porque não teremos mais
o direito do trabalho”, completou.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes,
Paulo Quadros, também se mostrou
apreensivo com o futuro da categoria. “O
cenário não está bom e o futuro mostra
que teremos muito a nos preocupar. Mas
com união e luta de todos os sindicatos dos
trabalhadores, conseguiremos vencer todos
os obstáculos que nos apresentam”, disse.
O secretário de Finanças da CNTV, Jervalino
Bispo, parabenizou os vigilantes de todo o
país e falou sobre a importância da união
dos trabalhadores. “Se hoje nós estamos
aqui na Câmara Legislativa é porque temos
um deputado vigilante. Eu incentivo os
vigilantes de todas as cidades a investirem
em candidatos comprometidos com os
trabalhadores. Se trabalhador continuar
votando em patrão nossos direitos vão
acabar extintos”, alertou.
Entre outros, a sessão solene contou com a
participação da presidente do SindiServiços,
Maria Izabel Caetano; da deputada federal
Erika Kokay; do Secretário Geral da CUT
Brasília, Rodrigo Rodrigues; do presidente
da Federação Interestadual dos Vigilantes
do Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás,
Moisés da Consolação; e do secretário de
organização do PT, Jacy Afonso.
Fonte: Ascom Chico Vigilante