Diretores dos Sindicatos dos
Vigilantes de Niterói e região e Petrópolis e região se reuniram nesta segunda-feira
(22/10) com dirigentes da empresa Seguridade Serviços de Segurança para
discutir os trâmites da transição dos postos do banco Itaú que serão assumidos
pela empresa no lugar da GP Guarda Patrimonial.
A empresa Seguridade aguarda apenas
a publicação do Alvará de Funcionamento para assumir definitivamente os postos da
GP no Estado do Rio. A previsão é que efetivação acontece no dia 10 de dezembro.
Os dirigentes sindicais alertaram a
empresa Seguridade sobre as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e
as obrigações que a empresa terá que assumir com os trabalhadores. Também foi
destacado que nas regiões de Niterói e Petrópolis o Contrato Parcial não pode
ser implantado pela empresa. Foi informado à direção da empresa sobre as
diversas ações judiciais contra firmas que tentaram praticar o contrato
parcial.
A direção da Seguridade Serviços de
Segurança foi bem solícita com os dirigentes sindicais e se comprometeu em
respeitar a CCT, além de manter um bom relacionamento com os Sindicatos na
construção dos benefícios dos trabalhadores.
Participaram da reunião
representando a empresa Seguridade:
Rafael - Gerente de Recurso Humanos e Roberto Boschoski Gerente de Operações. Já pelas
entidades: Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões - Claudio Vigilante (Presidente)
e Paulo Henrique (vice-presidente). Pelo Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis
e região - Adriano Linhares (Presidente).
GP quer impor acordo ilegal aos vigilantes
Com a perda do contrato com o Banco
Itaú, a empresa GP Guarda Patrimonial vem orientando os vigilantes do seu quadro
de funcionários a aderir a uma proposta de acordo que é considerada ilegal
pelos Sindicatos. A empresa quer fazer as homologações dos trabalhadores dentro
da própria empresa e retirando alguns direitos ou negociando valores de verbas
trabalhistas.
Os Sindicatos de Niterói e
Petrópolis cobraram do Sindesp/RJ (sindicato patronal) uma posição sobre a
contratação da Câmara Cível pela GP para fazer acordo trabalhista dentro da
empresa. A prática não está prevista na CCT/2018 que exige a presença do
Sindicato laboral na análise dos Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho
(TRCT) e conferência dos valores a serem pagos aos trabalhadores.
A atitude da GP descumpre a
Convenção assinada pelo Sindicato patronal sem respeitar os acordos, já que a
GP é filiada ao Sindesp/RJ. Inclusive, os dirigentes sindicais vêm recebendo denúncias
de que a GP paga o valor de R$ 150 por cada acordo feito à Câmara Arbitral.
Essa prática preocupa os Sindicatos, já que transforma a realização dos acordos
em negócio financeiro.
Os Sindicatos de Niterói e Petrópolis
orientam os vigilantes a não assinarem quaisquer documentos da GP sem a
presença do Sindicato ou de um advogado. Os trabalhadores devem fazer a
pergunta a todo tempo: por que a GP não quer a presença dos Sindicatos para
acompanhar a realização dos acordos? A garantia de todos os direitos dos
vigilantes da GP já está sendo pedido na Justiça pelos Sindicatos.