sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Ações de Segurança para Bancos em Niterói

Leandro Santiago, presidente do conselho, falou sobre as medidas para compor um conjunto de regras que seriam aplicadas às agências com objetivo de garantir a segurança dos clientes

O Conselho Comunitário de Segurança de Niterói está preparando o relatório sobre segurança bancária. Na reunião que aconteceu na última quinta-feira, na Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Leandro Santiago, presidente do conselho, falou sobre as medidas que foram destacadas para compor um conjunto de regras que seriam aplicadas às agências com objetivo de garantir a segurança dos clientes. Durante o encontro, que acontece sempre na última quinta-feira de cada mês, o comandante do 12º BPM, tenente-coronel Gilson Chagas, apresentou uma prévia das estatísticas do mês de setembro.
Tendo sido exposto na reunião de agosto que a formulação de um decreto para aumento efetivo de segurança privada nas agências seria uma solução para o problema da segurança nos bancos, o presidente do Conselho informou que a entidade está formulando um conjunto de regras a serem aplicadas nas agências. Foram especificadas a colocação de biombo separando o caixa, a obrigatoriedade de se manter um vigilante no banco para o funcionamento dos caixas-eletrônicos até às 22h e a ampliação do sistema de câmeras.

 No encontro, Paulo Guimarães, Gabriel Ferrando, Gilson Chagas, Leandro Santiago, Ademir Bastos e Bruno Paura. Foto de Júlio Silva
O documento será formalizado através de uma reunião do Conselho para a qual serão convidados os Sindicatos dos Vigilantes, dos Bancários, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidades como a CDL, o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) de Niterói e a Firjan, e, representando a comunidade, as associações. 
“A gente quer estabelecer algumas regras que os bancos tenham que seguir, como a colocação de câmeras do lado externo pegando 30 metros para esquerda e para a direita para, no caso de saidinha, por exemplo, facilitar a investigação”, explica Santiago.
Durante a reunião, o comandante do 12º BPM apresentou alguns dados estatísticos do mês de setembro, referentes à área da 79ª DP, demonstrando que, em um comparativo com os meses anteriores, houve queda nos índices de criminalidade. Roubos de veículos, por exemplo, foram 31 em julho, 25 em agosto e até o momento foram registrados 11. 
“Assumimos em agosto e os índices de criminalidade estão diminuindo”, destacou Gilson Chagas.
A reunião contou com a presença dos delegados Paulo Guimarães (78ª DP), Gabriel Ferrando (81ª DP Itapu), Alexandre Leite (76ª DP), Bruno Paura (presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-Niterói) e Ademir Bastos, subsecretário de Segurança Pública, além de moradores da cidade. 

Sindicato dos Vigilantes de Niteroi e regiões SVNIT apoia a luta dos Bancarios

O Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões em apoio ao Sindicato dos Bancários de Niterói e regiões, esteve em uma agencia Bancaria em Icaraí/Niterói onde foi feito uma denuncia que o gerente estava entrando na agencia sem a presença do Vigilante, estive no local e informei ao Gerente que essa atitude fere o Plano de Segurança e colocava em risco a vida dele e também a do vigilante, e que não é prudente essa situação continuar acontecendo, a conversa foi muito produtiva e o gerente concordou em só entrar na agencia com a presença do vigilante.
 
Mais uma vez a parceira do Vigilantes e Bancários de Niterói e regiões surtiu efeito.
A diretoria do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões continua a disposição dos Bancários para qualquer outra eventualidade. Unidos somos muito mais fortes

Edital de Convocação de Assembleia

O presidente do Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Segurança, e Vigilância, de Transportes de Valores de Niterói, São Gonçalo Itaboraí e Rio Bonito e Marica (SVNIT),  convoca os Vigilantes das empresas de Segurança Protex, Dinâmica, Facility, DLP, Angels e Centauro  para comparecer a Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 30/09/2013 ás 17:00 horas para autorizar o sindicato a entrar com ação coletiva de trabalho contra as empresas de segurança acima mencionadas por não efetuar os pagamentos aos vigilantes dos seguintes direitos: não pagamento de Horas Extras, Não pagamento da sumula 444 na escala 12x36, não pagamento de salário atualizado, não pagamento dos 30% de Periculosidade, não pagamento da Multa pelos atrasos dos pagamentos de salário que deverá ser revertida para cada trabalhador prejudicado e o não pagamento das Férias.  A assembleia será realizada na Sede do Sindicato situado a rua Marques de Paraná nº 143 Centro de Niterói,
Niterói 27 de Setembro de 2013,
Claudio Jose de Oliveira
Presidente.

Edital de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária

O presidente do Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Segurança, e Vigilância, de Transportes de Valores de Niterói, São Gonçalo Itaboraí e Rio Bonito e Marica (SVNIT), no uso das suas atribuições estatutárias convoca os associados para comparecer a Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 30/09/2013 ás 19:00 horas em primeira convocação com 50% mais um dos associados presentes e em segunda e ultima convocação ás 19:30 horas com qualquer numero de associados presentes. A assembleia será realizada na Sede do Sindicato situado a rua Marques de Paraná nº 143 Centro de Niterói, para tratar do seguinte assuntos: eleição de delegado e observador ao Congresso Extraordinário da Confederação Nacional dos Vigilantes que será realizado nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de Novembro de 2013, e assuntos Gerais, Niterói 25 de Setembro de 2013, Claudio Jose de Oliveira Presidente.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bancários iniciam greve por tempo indeterminado a partir de 00h00 desta quinta-feira (19)


Começa nesta quinta-feira (19) a greve nacional dos bancários por tempo indeterminado. Em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e na Região dos Lagos todas as agências amanhecerão fechadas. O Sindicato dos Bancários de Niterói e região, como todos os anos, deve fechar 100% de sua base que compreende 16 municípios, com cerca de 240 agências bancárias e quatro mil funcionários. A categoria pede reajuste salarial de 11.93%, além de outros itens como PLR, igualdade de oportunidade, fim das terceirizações e das demissões.
 
O Sindicato dos Bancários de Niterói e região realiza hoje assembleia organizativa de greve que se inicia às 00h00 desta quinta-feira. O local da reunião é a futura sede do sindicato que fica à Rua Evaristo da Veiga, 37, ao lado do Colégio Liceu Nilo Peçanha, no centro de Niterói.
 
A realização da greve foi aprovada pela categoria na semana passada durante assembleia geral extraordinária convocada pelo Sindicato. Centenas de bancários rejeitaram a proposta de 6,1% de reajuste oferecido pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e decidiram pela greve por tempo indeterminado. 
 
Os clientes e usuários que necessitarem dos serviços terão que se dirigir a postos de atendimentos credenciados pelos bancos. Nenhum tipo de atendimento será realizado no interior das agências. Os caixas eletrônicos funcionarão normalmente e as operações também poderão ser realizadas pela internet. 
 
“Chegamos a um momento importante da nossa campanha salarial. Desde o início do mês de agosto vimos negociando com as direções dos bancos, porém sem sucesso em nossas reivindicações. Essa proposta de 6,1% de reajuste nos leva a chegar ao ápice das negociações e partir para a greve por tempo indeterminado. Em Niterói e em todos os outros municípios da nossa base como Cabo Frio, Rio das Ostras e São Gonçalo, as agências não funcionarão. Não podemos admitir que a cada anos os bancos lucram mais em cima dos esforços da nossa mão de obra e não repasse essas cifras bilionárias em ganhos salariais para seus funcionários e melhores condições de trabalho. O bancário está adoecendo por causa das pressões pela venda de papéis e títulos dos bancos”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região, Fabiano Paulo Silva Júnior. 
 
As reivindicações dos bancários
 
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
 
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
 
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
 
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
 
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
 
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
 
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
 
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
 
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
 
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Prefeita de Angra dos Reis vai encaminhar projeto de lei de segurança bancária

A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, se reuniu na tarde da última quinta-feira com representantes dos bancários e vigilantes para tratar de segurança bancária. A administradora municipal se comprometeu a preparar um Projeto de Lei do Executivo para encaminhar à Câmara dos Vereadores, baseada nos modelos apresentados pelos trabalhadores.

Mãe de um bancário – e ex-professora do presidente do Seeb-Angra, Rogério Salvador – Conceição ficou muito sensibilizada com a situação da segurança bancária no município. Ela foi informada das falhas cometidas pelo Santander que permitiram o assalto no PAB da Eletronuclear, no qual morreram um bancário e uma vigilante. “Durante a reunião, os diretores do Sindicato dos Vigilantes de Angra contaram que é comum pessoas, principalmente idosos, saírem das agências após fazerem um saque e, minutos depois, voltarem assustadas, ou até chorando, por terem sofrido “saidinhas”. A situação na região está preocupante”, relata Paulo Garcez, diretor que representou a Fetraf-RJ/ES na reunião.

Os dois coordenadores da Comissão de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, da Contraf-CUT, e José Boaventura Santos, da CNTV, apresentaram vasto material. “A prefeita recebeu muitos estudos, projetos, propostas. Ademir entregou a ela um levantamento das leis sobre segurança bancária que há pelo país, Boaventura mostrou dados estatísticos, o Sindicato dos Bancários de Angra mostrou as leis que já foram aprovadas nos municípios vizinhos. Material não falta”, relata Garcez. Mesmo assim, a prefeita disse que vai precisar da nossa ajuda, não só técnica, para elaboração do projeto de lei, mas também para pressionar os vereadores a aprová-lo”, acrescenta o sindicalista.

Fonte: Da Redação - Fetraf-RJ/ES 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Paralisação de vigilantes fecha agências do BB em Petrópolis com apoio do Sindicato


As três agências do Banco do Brasil no Centro de Petrópolis, Região Serrana do Rio, não abriram na manhã desta quarta-feira (11) por conta de uma paralisação dos cerca de 25 vigilantes que trabalham nas unidades. Segundo o presidente do Sindicado dos Vigilantes na região, Adriano Linhares, a medida foi tomada pelo atraso no pagamento dos salários, que já acontece há cerca de quatro meses. "Nós chegamos a conversar com a empresa, tentamos solucionar, mas, mais uma vez eles não depositaram o salário", explicou.


De acordo com Adriano, o pagamento deve acontecer no quinto dia útil do mês e há quatro meses tem atrasado cerca de cinco dias. "Falaram que iam pagar ontem e não fizeram. Falamos que se hoje o dinheiro estivesse lá, estava tudo bem. Mas, não pagaram", contou o presidente, ressaltanto que os vigilantes estão prontos para trabalharem, mas somente quando o salário for pago. "A hora que pagarem, eles voltam a trabalhar".


Procurada pelo G1, a empresa responsável pelo serviço, CJS Vigilância, de Juiz de Fora, confirmou o atraso e alegou que a empresa passa por uma dificuldade financeira no fluxo de caixa há cerca de seis meses. Segundo o presidente da empresa, Cláudio Muller, eles já solicitaram um reajuste ao Banco do Brasil, que ainda não repassou o valor. 


Conforme informou Cláudio, nesta terça-feira (10) a empresa fez uma reunião com o setor de contratos para expor a situação, mas, segundo ele, o Banco do Brasil explicou que o caso está em análise. O presidente informou, também, que uma equipe já está trabalhando para acionar a reserva da empresa para liberar, ainda na manhã desta quarta, o salário dos vigilantes para que eles possam voltar ao trabalho.


Por meio de nota, o Banco do Brasil informou que realizou reunião com a empresa nesta terça com o intuito de estabelecer a normalidade no funcionamento de suas agências com a maior brevidade possível.
Greve continua nesta quinta-feira (12)

Por volta das 17h desta quarta-feira (11), a equipe de reportagem do G1 voltou a entrar em contato com o Sindicato dos Vigilantes em Petrópolis e foi informada que, até o momento, a CJS Vigilância não deu nenhuma previsão sobre o pagamento. "Até agora o salário não foi pago e nem o sindicatto informado sobre previsão de pagamento. Então, amanhã, os vigilantes continuarão parados", afirmou Adriano Linhares, presidente do sincato no município.

Outros municípios

Em Niterói, região metropolitana do Rio, também poderá haver paralisação das atividades da categoria nesta quinta-feira. A empresa CJF também presta serviços ao Banco do Brasil na cidade e ainda não efetuou o pagamento dos trabalhadores.


Fonte: G1 e Imprensa SindVig Petrópolis

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Câmara dos Deputados confirma para dia 10 audiência pública para discutir o PL 4330


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), confirmou a realização de uma audiência pública na quarta-feira da próxima semana, dia 18, às 10h, no plenário da Casa, para discutir o Projeto de Lei (PL) 4330, do deputado Santo Mabel (PMDB-GO), que permite a terceirização em todas as áreas das empresas. 

O debate é resultado da criação de uma comissão geral da Câmara, anunciada por Henrique Alves na tarde da última quarta-feira, dia 4, durante reunião com representantes da CUT, demais centrais sindicais e deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara. 

A princípio, o presidente da Casa havia definido que o projeto seria votado diretamente no plenário, a partir de um requerimento de urgência de líderes partidários, mas após discussão com as entidades sindicais e parlamentes ficou decidido aprofundar as discussões para depois ser resolvida a forma de tramitação do PL 4330. 

A audiência contará com a participação de trabalhadores, empregadores e instituições de Direito, como o Ministério Público e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), e será organizado pelo presidente da CCJC da Câmara, deputado Décio Lima (PT-SC).

"A criação da comissão foi fruto da intensa mobilização dos trabalhadores, com forte participação dos bancários, contra a votação da PL 4330. Agora é fundamental que estejamos novamente presentes dentro e fora da Câmara para convencer o conjunto dos deputados para que o projeto seja arquivado, na medida em que precariza o trabalho e representa uma tentativa disfarçada de reforma trabalhista e sindical", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. 

Nova mobilização

A Contraf-CUT orienta os sindicatos e as federações de bancários a organizar delegações para a nova mobilização contra o PL 4330 no dia 18, em Brasília. "Embora não haja previsão de votação, precisamos acompanhar a audiência pública e mostrar toda a indignação dos trabalhadores diante desse projeto nocivo que somente atende aos interesses dos empresários, sobretudo dos bancos, enquanto prejudica os empregos e direitos da classe trabalhadora", destaca o secretário de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira.

Por que lutar contra o PL 4330

De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais por semana e ganha 27% a menos. A cada 10 acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

Caso seja aprovado como está, o PL ampliará ainda mais as condições precárias de trabalho e colocará em risco todos os contratados com carteira assinada, já que permitirá a terceirização sem limites, em qualquer setor da empresa. Nos bancos, isso poderá significa a terceirização de caixas e gerentes.

Pronto para ser votado em maio na CCJC da Câmara em caráter terminativo, o projeto recebeu aval do relator Arthur Maia (PMDB-BA). Porém, a decisão foi adiada desde então por força da pressão da CUT e das demais centrais. 

Maioria dos ministros do TST contra o PL 4330

Em uma iniciativa histórica, 19 dos 26 ministros do TST enviaram carta ao presidente da CCJC da Câmara no dia 27 de agosto, alertando para os riscos do projeto que, segundo eles, aprofunda, generaliza e descontrola a terceirização no país.

Os ministros afirmam que a aprovação do PL 4330 "negligencia e abandona os limites à terceirização já sedimentados no Direito brasileiro". A carta destaca que o PL 4330 causará grande prejuízo aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários no país, com a provável "migração massiva de milhões de trabalhadores hoje enquadrados como efetivos das empresas e instituições tomadoras de serviços em direção a um novo enquadramento, como trabalhadores terceirizados, deflagrando impressionante redução de valores, direitos e garantias trabalhistas e sociais". 

Os magistrados ressaltam os prejuízos fiscais, previdenciários e à saúde pública do país e afirmam: "como se sabe que os direitos e garantias dos trabalhadores terceirizados são manifestamente inferiores aos dos empregados efetivos, o resultado será o profundo e rápido rebaixamento do valor social do trabalho na vida econômica e social brasileira, envolvendo potencialmente milhões de pessoas". Para eles, "com o decréscimo significativo da renda do trabalho ficará comprometida a pujança do mercado interno no Brasil". 

Anamatra divulga carta aberta contra o PL 4330

Entidade que representa mais de 3.500 juízes do Trabalho no país, a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) conclamou partidos políticos e parlamentares a rejeitarem o PL 4330, em carta aberta publicada na segunda-feira, dia 2. 

No documento, a entidade afirma que a "pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, na verdade expande essa prática ruinosa e precarizante para todas as atividades econômicas, com risco de causar sérios danos aos trabalhadores brasileiros, caso aprovado, pela ruptura da rede da proteção trabalhista que o constituinte consolidou em 1988". 

Para a Anamatra, entre os principais problemas do projeto estão a liberação da terceirização na atividade-fim da empresa e a ausência da responsabilidade solidária entre as empresas terceirizadas e contratante. Pontos que a CUT também condena. 

Segundo a entidade, a terceirização é usada pelas empresas para economizar em mão de obra, mas que isso traz custos sociais para o país: "(a tercerirização) constitui manobra econômica destinada a reduzir custos de pessoal na empresa, pelo rebaixamento de salários e de encargos sociais, que tem trazido uma elevada conta para o país, inclusive no que se refere aos acidentes de trabalho, uma vez que em determinados segmentos importantes da atividade econômica os índices de infortúnios são significativamente mais elevados". 


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Homem morre após tentar salvar mulher de assaltantes

Bombeiros do Quartel Central de Itaipu levaram a vítima para o Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Estadual Alberto Torres, mas ele não resistiu aos ferimentos.

 À noite, um carro da Polícia Militar se posicionou em um local próximo de onde o homem foi morto ao tentar evitar assalto. Foto: Evelen Gouvêa

Evadir Galvão da Fonseca, de 43 anos, foi assassinado com um tiro no peito, na tarde de ontem, em Piratininga, quando tentava defender uma mulher que havia acabado de fazer um saque numa agência do Itaú e foi atacada por dois criminosos em uma motocicleta. O crime aconteceu na Rua  Almirante Tamandaré, a poucos metros de uma cabine da PM no Trevo de Piratininga.
Segundo populares, Evadir se atracou com um dos bandidos e acabou sendo baleado durante a briga. Testemunhas não souberam informar se o disparo - de revólver calibre 38 - foi feito pelo bandido durante a luta corporal ou pelo comparsa que dava cobertura na moto.
Gravemente ferido, Evadir chegou a ser socorrido por bombeiros do Grupamento Marítimo de Itaipu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu quando era medicado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, em São Gonçalo.
Testemunhas contaram aos policiais militares do 12º BPM (Niterói) lotados no posto de Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Piratininga, que os criminosos atacaram a mulher por volta das 16 horas, quando ela se aproximava de uma tradicional padaria próximo no Trevo de Piratininga.
“Os criminosos agiram com violência e não se intimidaram com o movimento intenso na rua. Evadir se atracou com um dos bandidos, agarrando-o pelo pescoço, na tentativa de impedir a fuga dele e ajudar a mulher, que havia acabado de sacar o salário no banco. Nada de valor foi levado pelos criminosos, que fugiram sem deixar pistas”, contou um policial.
Policiais do Setor de Investigações (SI) da delegacia de Itaipu informaram no final da tarde de ontem que detalhes a respeito das investigações sobre o assalto seguido de assassinato serão divulgados hoje, através de nota oficial à imprensa pelo delegado Gabriel Ferrando.
O comandante do Batalhão de Niterói, tenente-coronel Gilson Chagas Silva e Filho, lamentou a morte da vítima, mas descartou a necessidade de reforço no policiamento ostensivo naquele trecho. Ele aconselha que as vítimas não reajam aos assaltos.
“O policiamento por parte da Polícia Militar já existe. Tanto é que, assim que nossos policiais foram informados do fato, dois PMs foram deslocados para o local. Lamento muito o assassinato, mas faço um apelo às pessoas que venham a ser vítimas de assaltos. Não devem reagir nunca e sim pedir ajuda à polícia”.
Memória
Em abril, o funcionário de uma escola foi baleado na perna durante outra saidinha de banco junto ao Trevo de Piratininga. Na ocasião ele também foi atacado por dois motoqueiros. Um suspeito foi preso dias depois.
O FLUMINENSE 
Por: Cláudio Emanuel 04/09/2013

domingo, 8 de setembro de 2013

PRESIDENTE DO SINDICATO SVNIT VISITA POSTOS DE SERVIÇO NOS FINAIS DE SEMANA



Visitando ontem alguns postos de serviço em Niterói e regiões, detectei como algumas empresas de segurança exploram os trabalhadores.
Ao chegar em alguns posto de serviço ficamos chocados com alguns fatos narrados pelos vigilantes, segundo denuncias num determinado posto de serviço em São Gonçalo o vigilante entra de serviço na sexta feira a noite e só sai do posto na segunda de manha sem ter as mínimas condições no local de serviço, pois quando chove ele tem que ficar dentro dos caminhões para fugir da chuva e não tem iluminação e o vigilante ainda trabalha desarmado colocando em risco a sua própria vida e do Patrimônio. O pior disso é que quando o contratante pergunta se o vigilante estava direto no posto é obrigado pela empresa a dizer que foi rendido no final de semana.
O outro absurdo que detectamos em  outro posto de serviço é o Vigilante que nos dias de semana almoça no local de serviço pois a alimentação é fornecida pelo contratante só que nos finais de semana o vigilante fica com fome ou traz comida de casa porque o restaurante não funciona e a empresa não fornece o tíquete refeição.
Outra irregularidade é o vigilante e o vigia do mesmo grupo da empresa trabalhando no mesmo local de serviço um cobrindo outro, tomamos conhecimento da irregularidade e vamos denunciar a empresa e o contratante ao Ministério do Trabalho, ao Ministério Publico do Trabalho de Niterói e a Policia Federal,  não vamos aceitar essa falta de respeito com o trabalhador.
A diretoria do Sindicato SVNIT vai intensificar aos finais de semana visitas a alguns postos de serviço pois só assim poderemos ser atendidos melhor pelos vigilantes e também vamos podemos conversar melhor com os companheiros e receber as denuncias de irregularidades com mais tranquilidade.
Companheiros vou denunciar as empresas que estão causando prejuízos e constrangendo os companheiros, sempre estarei presente onde a categoria precisar, porque sou vigilante e sei o que o vigilante sofre em seu posto de serviço.
Segunda feira vou pessoalmente ao Ministério do Trabalho, Ministério Publico do Trabalho e a Policia Federal protocolar as denuncias contra as empresas em defesa dos companheiros que estão sofrendo nas mãos de alguns maus Empresários.
Claudio Vigilante
Presidente do Sindicato SVNIT

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pressão da bancada dos trabalhadores faz discussão no GTT sobre Risco de Vida avançar

Mesmo com a insistência dos patrões de restringir os direitos dos vigilantes e as constantes tentativas de adiar o debate, a bancada dos trabalhadores conseguiu arrancar importantes avanços na reunião do Grupo Tripartite de Trabalho (GTT) para formulação do texto da Norma Regulamentadora (NR) nº16, que trata do adicional de risco de vida/periculosidade. Os empresários já concordaram que não deve haver distinção entre vigilantes armados e desarmados e retiraram a proposta indecente da necessidade de perícia.

Apesar de a reunião, realizada no Ministério do Trabalho e Emprego, ter sido interrompida antes do horário previsto devido à tensão, os representantes dos trabalhadores não mostraram interesse em abrir mão de defender os interesses da categoria de vigilantes de todo o país. Como resultado, os patrões já cederam em pontos importantes, mas insistem em tentar roubar os trabalhadores com o parcelamento do valor restante para completar os 30% naqueles lugares que ainda não possuem o pagamento integral.

Além disso, querem que o pagamento seja realizado a partir de janeiro de 2014 com a garantia de que os trabalhadores não receberão reajuste, ou seja, para que os vigilantes recebam os 30% de forma integral não haverá reajuste nem equivalente à inflação do período. A bancada dos trabalhadores repudiou imediatamente a proposta e afirmou que aceita apenas as propostas que garantem pagamento para armados e desarmados e a exclusão da perícia.

“É inadmissível roubar os trabalhadores. O que os empresários estão querendo é cruel e representa uma afronta não só à categoria, mas a cada vigilante como ser humano. Não aceitaremos isso de forma alguma. Nossa contraproposta é de pagamento retroativo a dezembro de 2012, data em que a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei”, defendeu José Boaventura, presidente da CNTV.

Para tentar ganhar ainda mais tempo os patrões, liderados pelo presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Odair Conceição, e apoiados pelos representantes da Febraban, tentaram desviar o foco da reunião e discutir questões impróprias, como o trabalho do menor aprendiz e a responsabilidade subjetiva das empresas. “A bancada patronal revela que veio para ganhar tempo jogando com os prazos máximos para os trabalhadores, em vez de agilizar as discussões, respeitar e valorizar os trabalhadores”, afirmou Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

Essa foi a terceira reunião do GTT e o texto já está praticamente acordado, com exceção do pagamento. Segundo Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e integrante da bancada dos trabalhadores, os patrões estão sendo hipócritas “uma vez que a Fenavist, à época da consulta, apresentou proposta de pagamento imediato”.
Bancos falham na segurança e não valorizam trabalhador
Quatro grandes bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander) apresentaram lucros no primeiro semestre que, somados, chegam a R$26 bilhões no primeiro semestre. Segundo o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e doutor em Economia pela Universidade de Paris, Paulo Kliass, esses valores representam R$211 milhões para cada dia útil, ou ainda aproximadamente R$27 milhões por hora.

Apesar disso, a Febraban insiste em querer parcelar aquilo que os vigilantes conquistaram com muita luta: o adicional de 30% de risco de vida/periculosidade. Mesmo com tanto dinheiro os banqueiros veem os vigilantes, aqueles que zelam tanto pelo patrimônio quanto pela vida de clientes e funcionários – responsáveis por tanto lucro – como um custo, um gasto desnecessário.

“A postura dos banqueiros é inadmissível. É falta de responsabilidade social, é descaso com os trabalhadores, que são fundamentais para garantir a vida das pessoas. É também desrespeito com os bancários e com os clientes, que são obrigados a conviver com a insegurança imposta pelos bancos”, denunciou Wiedekehr.

“Nosso compromisso é com o trabalhador. Estão tentando roubar os trabalhadores de todas as formas. O líder da bancada patronal e presidente da Fenavist, Odair Conceição, é responsável por grandes calotes. Já a Febraban, mesmo com lucros astronômicos, insistem em ignorar a necessidade de investir em segurança. Vamos continuar lutando até avançarmos em mais esse ponto”, garantiu Boaventura.

Como funciona o processo de regulamentação

A tarefa do GTT é produzir um texto para atualizar a Norma Regulamentadora (NR) nº 16, onde está previsto o adicional de periculosidade, conforme a lei. O prazo é de até 120 dias, que podem ser prorrogados por mais 60, caso seja necessário para concluir as negociações e apresentar a proposta de regulamentação à Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP).

Após a aprovação em reunião ordinária da CTPP, a formulação da NR será publicada pelo ministro do Trabalho e Emprego no Diário Oficial da União, tornando-se, assim, um texto legal, de observância obrigatória por parte de todos os setores econômicos.

Quem representa os trabalhadores

Além de Boaventura e Ademir, que são representantes da CUT, também integram a bancada das centrais sindicais: pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis; pela Nova Central (NCST), Fernando Bandeira, presidente da Federação dos Vigilantes no Estado do Rio de Janeiro; e pela Força Sindical, Pedro Araújo, presidente da Federação dos Vigilantes do Estado de São Paulo.



Fonte: CNTV

Novo Boletim do SVNIT. Leia!



terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sob repressão policial e gás de pimenta, trabalhadores impedem votação do projeto da terceirização


A sessão que votaria nesta terça-feira (3) o PL 4330, da terceirização, foi cancelada. “É uma vitória dos trabalhadores. Nós impedimos a votação do projeto hoje, mas amanhã o texto pode ser votado, por isso a mobilização continua”, afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, assim que houve o cancelamento.

O projeto está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados e a votação estava marcada para hoje.

Por volta das 14h30, as polícias militar e legislativa formaram um cordão de isolamento na entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, que dá acesso à CCJ, para impedir a entrada de manifestantes e dirigentes da CUT. Usaram gás de pimenta e violência para barrar a manifestação. Houve tumulto e correria, e até dirigentes cutistas feridos. Mais cedo, parte dos manifestantes já haviam conseguido entrar no plenário do Anexo, que acabou sendo esvaziado. O presidente nacional da CUT está, neste momento, tentando liberar cutistas que foram presos durante a manifestação. 

Após o cancelamento, dirigentes e a militância da CUT se dirigem ao acampamento montado em frente ao Congresso Nacional por conta da vigília organizada contra a votação do PL 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a precarização do trabalho terceirizado. Os manifestantes permanecerão acampados no local para acompanhar uma possível votação e pressionar os parlamentares pelo voto contrário ou retirada do projeto.

Representantes da Central Única dos Trabalhadores estão sendo barrados de entrar no Congresso Nacional por centenas de seguranças do Legislativo, policiais militares e à paisana. Apesar do uso e abuso de gás de pimenta, cassetete e bombas, cerca de três mil militantes cutistas continuam pressionando para que a voz dos trabalhadores seja ouvida. Mais cedo, antes da confusão, Vagner Freitas tentou negociar a entrada de uma representação para acompanhar a sessão da votação do PL 4330.

“O presidente da Câmara baixou regras ditatoriais para que os trabalhadores não possam se manifestar contra o PL 4330, que atropela os direitos com a ampliação da terceirização e da precarização”, disse Graça Costa, secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT, ao relator que o cenário fora e dentro do Congresso era de terror.

Fonte: CUT Nacional