O Ministério da Saúde negou o pedido da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) para inclusão da categoria no plano nacional de imunização contra a Covid-19.
Essa é mais uma negativa do governo Bolsonaro que colocou a categoria como atividade essencial. Durante toda a pandemia, os vigilantes permaneceram na linha de frente em bancos, hospitais, comércio, indústria, órgãos públicos e outros postos de trabalho.
“Esse governo decepciona muito a classe trabalhadora no Brasil, pois além de não conseguir gerar empregos, utiliza de seus decretos para reduzir salários, como é caso da Medida Provisória 1045”, alerta Cláudio Vigilante, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região e Secretário Geral da CNTV.
Recusar a prioridade na vacinação para os vigilantes escancara a falta de compromisso com os trabalhadores pelo governo federal.
“É o governo Bolsonaro também dizendo NÃO aos Vigilantes. É compreensível para um presidente que fala: “trabalho, sim. Direitos, Não”. A mesma lógica do senhor de escravo. Para trabalhar, estar na linha de frente em bancos, hospitais, comércio, indústria, órgãos públicos etc. o mesmo presidente foi rápido para assinar decreto dizendo que somos “essenciais”. Essenciais para morrer. Bucha de canhão. Para proteger nossa vida, não. A luta continua. Vacina, SIM! Somos essenciais para viver”, expressa nota publicada pela CNTV.
Em todo país, a categoria já discute formas de representação dos vigilantes em Brasília para ganhar mais forças nas reivindicações.
“É
fato quando um governo trabalha em prol apenas dos empresários. A precarização
do trabalho está no absurdo que é você ter hoje em dia no mesmo posto de
serviço um vigilante ganhando o salário que o Sindicato luta para conquistar e
outro empregado ganhando menos que o salário mínimo, conhecidos como horistas.
Precisamos de representantes no Congresso Nacional capazes de defender nossos
interesses”, afirma Claudio Vigilante.