Sem receber salários e benefícios há quase dois meses, os nove vigilantes da unidade de São Gonçalo do Rio Poupa Tempo iniciaram uma paralisação na manhã de ontem. De acordo com a classe, além dos vencimentos, o tíquete alimentação e o vale-transporte que deveriam ser pagos no quinto dia útil de cada mês também não vêm sendo depositados. Segundo Cláudio José de Oliveira, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e Região (Svnit), o motivo do atraso é o atraso no repasse da verba do Governo do Estado para a empresa Prol, prestadora de serviços. A greve permanecerá por tempo indeterminado.
“Isso que acontece é uma falta de respeito com os trabalhadores. Se eles dizem que o Governo do Estado não está pagando, então cancelem o contrato. O que não pode são os chefes de família trabalharem e não receberem salários”, falou Cláudio. Na manhã de ontem funcionários e representantes da categoria se reuniram com placas e cartazes na frente do posto, localizado no interior do Shopping São Gonçalo, no bairro Boa Vista. “A unidade está totalmente sem segurança. Mas isso agora é responsabilidade do Estado”, falou Cláudio José. O vigilante Fábio Boechat, de 33 anos, relatou que ele e muitos colegas têm passado por momentos difíceis nesse tempo em que estão sem receber os pagamentos. “A maioria de nós é casado e possui filhos. Sem receber, as contas estão acumulando e nossa situação só complica. Precisamos de uma definição o quanto antes. Alguns vigilantes aqui pagam pensão alimentícia para filhos e estão com medo de serem presos”, falou ele.
Fonte: Jornal A Tribuna
Em tempo: Os trabalhadores da limpeza também se juntaram aos vigilantes na paralisação pelos mesmo motivos. O movimento está crescendo.
Vigilantes da empresa de segurança Facility paralisaram as
atividades no posto do Poupa Tempo, em São Gonçalo, para exigir o pagamento do
salário de fevereiro, tíquetes refeição e vales transportes que estão em
atrasos. O SVNIT - Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região
coordena a paralisação junto aos trabalhadores. O contratante do serviço é o
Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Cláudio Vigilante, presidente do SVNIT, criticou a postura
das empresas na região.
“Os vigilantes não são escravos e a responsabilidade é da
empresa e do governo do Estado que não cumprem com as suas obrigações. O Estado
tem o dever de pagar as faturas e fiscalizar se as empresas estão pagando os
seus colaboradores. Mas, de uma coisa eu tenho certeza, o governador está
recebendo o seu salário em dia”, disse.
Outra paralisação também acontece na região pelos mesmos
motivos. Os vigilantes do IML – Instituto Médico Legal de Niterói e São Gonçalo
estão parados há 15 dias com o apoio do Sindicato.
Willian Chaves - Assessoria de Imprensa Sindical RJ - wmcnoticias@gmail.com
Para tornar mais rápido o atendimento ao pedido e dar maior segurança às informações sobre os trabalhadores, o Ministério do Trabalho e Emprego determinou que as empresas passem a preencher o requerimento do seguro-desemprego de seus empregados pela internet. A medida começa a valer na próxima quarta-feira (1º), de acordo com resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
Os empregadores só poderão preencher o requerimento do seguro-desemprego e a comunicação de dispensa de trabalhadores por meio do aplicativo Empregado Web, disponível no Portal Mais Emprego, do ministério. A entrega dos formulários impressos, utilizados hoje, será aceita até 31 de março.
Segundo o ministério, o sistema dará maior rapidez à entrega do pedido, além de garantir a autenticidade dos dados, e possibilitará o cruzamento de informações sobre os trabalhadores em diversos órgãos, facilitando consultas necessárias para a liberação do seguro-desemprego.
Os vigilantes da empresa VS
Brasil que prestam serviços Instituto Médico-Legal (IML) de Niterói e São
Gonçalo permanecem em greve cobrando o pagamento de salários atrasados. A
paralisação já dura 12 dias e não tem previsão para acabar. A empresa
alega que está há seis meses sem receber as faturas do governo do Estado e não
tem como efetuar os pagamentos dos trabalhadores. O salário de fevereiro, o
tíquete alimentação e o vale-transporte estão atrasados. Há casos em que o
vigilante já gozou o período de férias e também não recebeu os valores
correspondentes a um salário e o terço de férias. O Sindicato dos Vigilantes de
Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) auxilia os trabalhadores na paralisação. A situação de alguns vigilantes é
desesperadora quanto a falta de pagamento. Alguns se queixam de falta de
condições para alimentar a família.
A greve, que teve início na
segunda-feira (16), levou muitos manifestantes a protestarem em frente da sede
do IML do Barreto. O problema não é apenas a falta do salário, mas também as
condições de trabalho que são precárias, conforme denunciaram os vigilantes.
Em matéria publicada pelo jornal
Extra desta sexta-feira (27), um levantamento feito no Sistema de
Acompanhamento Financeiro do Estado (Siafem) aponta que a dívida do estado é de
R$ 2,9 bilhões — sendo R$ 1 bilhão com restos a pagar do ano passado e R$ 1,9
bilhão com serviços já executados nos três primeiros meses deste ano, mas que
ainda não foram pagos. O governo estima que a previsão do déficit de caixa até
dezembro será de R$ 13,5 bilhões e anunciou uma série de medidas para tapar o
buraco, como o uso de R$ 6,2 bilhões do Fundo de Depósito Judicial liberado
pelo Tribunal de Justiça do Rio. A proposta que autoriza a utilização do
recurso foi aprovada, nesta quinta-feira, na Assembleia Legislativa (Alerj).
Na área de segurança, segundo o
jornal, por exemplo, faltam recursos até mesmo para a alimentação de presos. O
governo pagou um pouco mais da metade dos R$ 27 milhões que deve a
fornecedores. A inadimplência também tem prejudicado o atendimento nas
delegacias. O pagamento às empresas de segurança afetam outros postos de
trabalho como Detran, postos de vistorias etc.
O presidente do SVNIT, Cláudio
José de Oliveira (Cláudio Vigilante), afirma que a postura do governo do Estado
é irresponsável e prejudicial à classe trabalhadora, já que todos os gastos
devem ser previstos no orçamento com receitas programadas.
“Não podemos aceitar que os
trabalhadores paguem pela ineficiência da gestão do governo do estado. Muitos
estão com problemas familiares, contas vencidas, luz sendo cortada, faltando
comida na dispensa e, tenho a certeza que o governador e donos das empresas de
segurança estão dormindo nas suas casas luxuosas com ar condicionado e servidos
por uma boa comida. Não podemos aceitar essa inversão de valores. Quem trabalha
tem que receber pelo serviço”, questiona Cláudio.
Cláudio Vigilante também condenou
a falta de preparação da empresa.
“Sabemos que o momento que o país
vive é de crise. No entanto, as empresas não se preocupam em se programar para
eventualidades. Hora nenhuma os empresários pensam nos seus funcionários. Vamos
manter a greve até que sejam regularizadas todas as pendências. O SVNIT dará
todo apoio à paralisação e auxílio jurídico aos trabalhadores. Vamos ao
Ministério Público do Trabalho denunciar a empresa e o Governo do Estado”,
desabafa.
Em nota, o governador Luiz
Fernando Pezão informou que o estado tem feito todos os esforços para
regularizar a situação com seus fornecedores. Ele diz que em breve os
prestadores de serviço terão uma definição mais clara sobre o cronograma de
quitação dos débitos. “Os atuais débitos com seus fornecedores refletem uma
situação econômica extremamente difícil para o país e, especialmente, para o
estado”, informou Pezão, na nota. Ainda segundo o texto, a queda nos preços do
barril do petróleo, a desaceleração do crescimento e a crise da Petrobras estão
afetando as finanças do estado.
A Caixa Econômica Federal (CEF) confirmou nesta quarta-feira (18) a orientação para que sejam disponibilizadas em todas as agências assentos para os vigilantes que trabalham em pé. A decisão cumpre a nota técnica 060 de 2001 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que dispõe sobre a postura a ser adotada na concepção dos postos de trabalho.
A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e vários sindicatos do país já vêm lutando para garantir que agências de todo o país, além de outros setores, disponibilizem assentos para vigilantes. Isto por entender que é preciso buscar melhores condições de trabalho, prezando também pela saúde do trabalhador. Prova disso é que as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) da Bahia e Minas Gerais já contemplam este assunto.
“Trabalhar por muito tempo em pé é prejudicial e pode ocasionar diversos problemas de saúde. A CNTV nunca medirá esforços para garantir que os vigilantes tenham condições dignas de trabalho e que sua saúde seja respeitada”, comentou o presidente da entidade, José Boaventura.
A CNTV orienta que os vigilantes que prestam serviço para agências bancárias e não possuem assento procurem o sindicato. Telefone: (21) 3607-3070. Email: sindicatosvnit@r7.com
Anti-calote na Caixa já é realidade
A CNTV também cobrou da CEF a aplicação de medidas anti-calote previstas na Instrução Normativa (IN) nº 6, de dezembro de 2013, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A IN em questão prevê a retenção de valores referentes a férias, 13º salário e verbas rescisórias da contratada e depósito em conta vinculada até que seja comprovado, no ato de demissão do empregado, o pagamento de todos estes direitos.
A CEF informou que estas medidas já estão sendo adotadas em mais de 50% dos contratos e que o número tende a aumentar. “Esta tem sido uma importante questão para a categoria. na Caixa, há o agravante do volume alto de trabalhadores que já foram vítimas de calote. A medida é eficaz e vamos continuar cobrando para que seja adotada em todo o país”, garantiu Boaventura.
Representaram a CNTV o presidente da entidade, José Boaventura, o secretário geral, Cláudio José, e o presidente da Federação Interestadual dos Vigilantes (Fevig), Moisés Alves da Consolação.
Ainda sem acordo, vigilantes do Instituto Médico-Legal (IML) de Niterói e SãoGonçalo permanecem em greve por tempo indeterminado. Segundo representantes da categoria, o salário de fevereiro, o tíquete alimentação e o vale-transporte estão atrasados há 11 dias. Os pagamentos deveriam ter sido feitos no quinto dia útil de março. De acordo com o diretor do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Regiões (Svnit), Eduardo José de Carvalho, 100% dos vigilantes das duas regiões aderiram a greve. Ele afirma, ainda, que não houve repasse de verba do Governo do Estado para a empresa VS Brasil.
"Entramos em contato com eles [governo] e disseram que a nossa situação será normalizada, mas que no momento não tem previsão de quando o dinheiro será depositado na nossa conta", disse.
A greve, que teve início na segunda-feira (16), levou muitos manifestantes a protestarem em frente da sede do IML do Barreto. Um grupo de vigilantes de São Gonçalo compareceu e se uniu ao protesto. Com cartazes e palavras de ordem, eles pediam aumento salarial e respeito pelos direitos dos funcionários. Policiais Militares estiveram no local para evitar algum transtorno
O vigilante Fábio José de Freitas, de 37 anos, ressaltou que, além da falta de pagamento de salários, as condições de trabalho são precárias.
"Passamos por muitas situações desconfortáveis. Todos os vigilantes se juntaram para comprar geladeira, microondas e ar-condicionado para o espaço de trabalho. A empresa não nos fornece nada. Se não agirmos e tentarmos criar um ambiente melhor passaremos por poucas e boas", avalia.
Ainda segundo Fábio, alguns vigilantes já estão sentindo os efeitos da falta de pagamento. Muitos estão com dificuldade de pagar as contas.
"É uma falta de respeito com o trabalhador. Estamos tendo esse problema de forma constante. Todo mês acontece isso. O governo não repassa a verba para a empresa e acaba nos prejudicando diretamente“.
Impacto – Por meio de nota, a Secretaria de Fazenda informou que as finanças fluminenses estão sofrendo forte impacto dos preços do petróleo, da crise da Petrobras e da desaceleração do crescimento econômico do país. Além disso, a nota acrescenta que a Secretaria de Fazenda e o Governo do Estado estão trabalhando com o objetivo de minimizar esses impactos e garantir os pagamentos aos fornecedores.
Rio - Em São Cristóvão, os funcionários da limpeza do IML também estão em greve. O motivo, segundo a empresa Space 2000, é a falta do salário de fevereiro e o tíquete alimentação que deveriam ser depositados até o último dia 10.
A Secretaria de Fazenda informou que os pagamentos pendentes da empresa Space 2000 serão incluídos na programação financeira de acordo com o fluxo de caixa e deverão ser efetuados em breve.
Ficou provado mais uma vez que o
SVNIT conduziu muito bem as negociações salariais deste ano. Ao lado dos
Sindicatos de Petrópolis e Duque de Caxias, o SVNIT engrossou as negociações
com os patrões e arrancou um novo reajuste para a categoria de 9% no salário e
27% no tíquete. O SVNIT foi o primeiro a assinar a convenção coletiva e mostrou
que estava no caminho certo, tanto que o próprio sindicato do município do Rio
elogiou os índices conquistas e classificou como avanço para a categoria. O
Sindivig Rio assinou nesta segunda-feira (16) a CCT 2015-2016.
Veja o que o SindVig Rio postou
em sua página que demonstra o acerto do SVNIT e da FEVIG: “Na avaliação dos
sindicatos filiados à Federação dos Vigilantes do Rio, foi conseguido o segundo
maior percentual do país em relação aos outros Estados da Federação, o que
demonstra que a luta da categoria tem representado avanços. O piso da categoria
está longe do merecido, mas hoje os 30% de periculosidade é uma realidade e
graças a luta dos vigilantes do Estado do Rio de Janeiro que acreditaram nesta
luta em 2008.”
Não somente as conquistas da
campanha salarial deste ano demonstram a força que os vigilantes de Niterói e
região tem exercido no cenário do Estado. O próprio adicional de periculosidade
foi uma conquista encampada pelo SVNIT e, principalmente, pela CNTV –
Confederação Nacional dos Vigilantes, entidade a qual o sindicato do município
não é filiado. A periculosidade começou como um sonho da categoria e se tornou
realidade graças ao empenho e dedicação dos sindicalistas ligados à CNTV. Um
novo sonho nasce agora da mesma forma com a proposta do Piso Nacional dos
Vigilantes. Esta campanha é puxada pela CNTV. No Rio de Janeiro, apenas os
Sindicatos de Niterói, São Gonçalo e região, Petrópolis e região e Duque de
Caxias lutam pela conquista do piso unificado.
É sempre bom alertar a categoria
para os verdadeiros acontecimentos. A transparência na condução dos interesses
dos vigilantes é essencial para alcançar os objetivos e honrar a confiança de
cada trabalhador. Por isso, a campanha salarial de 2015 deixou claro de que
lado o SVNIT se posiciona e pra quem realmente trabalha. Sem enganações e
ilusões. Aqui é trabalho sério.
Conquistamos o segundo maior reajuste
do país! Parabéns Vigilantes que confiam na direção do SVNIT! Parabéns SVNIT!!!
Veja as conquistas:
- Reajuste de 9% no piso e 27% no
tíquete refeição. O vigilante passa a ganhar R$ 1.162,00 de piso salarial, R$
16,50 de alimentação e R$ 348,59 de Periculosidade.
Outras conquistas foram:
*Diária de eventos de R$ 100,00
para R$ 120,00,
**Gratificação de motociclistas /
motoristas de 20% estendido para quem pilota/dirige dentro posto (antes era
pago apenas para quem pilotava/dirigia em via pública);
***Seguro de vida calculado sobre
a remuneração do mês anterior ao sinistro (antes era calculado sobre o piso do
vigilante apenas).
****O vigilante envolvido em
assaltos agora terá que se afastar por 3 plantões (garantida a sua remuneração)
para que receba tratamento psicológico na sede da empresa.
A diretoria do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões, comunica a todos os Vigilantes que desde o dia 09/03/15 até o dia 20/03/15 já está recebendo as cartas para não ser descontadas as contribuições Negocial e Confederativa de 2015.
Descontos esses que foram aprovados na assembleia de campanha salarial de 2015/2016 por todos os Vigilantes que estiveram presentes.
Aproveitamos ainda para informar que os Vigilantes deverão observar o modelo da carta que se encontra na sede do Sindicato que deverá ser reproduzida pelo próprio Vigilante em duas vias e de próprio punho e entregue no Sindicato até o dia 20/03/15.
Desde já agradecemos aos Vigilantes que já nos comunicaram que não apresentaram a referida carta porque entendem que o sindicato precisa dos recursos para poder estar no dia a dia da categoria passando informações, realizando paralizações e visitando as empresas que prejudicam os trabalhadores segundo declarações o Sindicato vem desenvolvendo um papel importante na nossa região em defesa dos Vigilantes.
Aos Vigilantes que decidirem entregar a carta para não descontar as contribuições Negocial e Confederativa, a direção do sindicato estará recebendo a carta sem nenhuma critica ou restrições desde que trabalhem comprovadamente na nossa base territorial.
Numa noite de gala, nesta sexta-feira (13), na sede da CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói, o SVNIT - Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região foi mais um dos homenageados como a melhor entidade sindical da região no ano de 2014 escolhido em votação promovida pelo Jornal O Povo de São Gonçalo que teve a participação de mais de 30 mil votantes. Entre os homenageados estiveram personalidades do ano, políticos, empresários, profissionais, funcionários públicos e empresas. O SVNIT foi escolhido com 51% dos votos onde concorreu com o Siticon - Sindicato da Construção Civil de São Gonçalo e o Sintronac - Sindicato dos Rodoviários de Niterói.
O prêmio foi recebido pelo presidente do SVNIT, Cláudio Vigilante.
Após a categoria recusar em
assembleia a proposta dos patrões de 8% de aumento salarial e autorizar o
Sindicato a negociar um valor maior e assinar a convenção coletiva, a direção
do SVNIT conseguiu avançar ainda mais nas negociações e o reajuste salarial dos
vigilantes ficou em 9% no piso, 27% no tíquete refeição entre outras
conquistas.
Com o reajuste, o salário dos
vigilantes, que já começou a vigorar no dia 1° de março, passa dos atuais
R$1.066,04 para R$ 1.162,00 (9% de reajuste). Com o aumento, os 30% de
periculosidade passam a valer R$ 348,60. Portanto, o salário somado o piso e a
periculosidade passa a ser de R$ 1.510,60. Todos os cálculos de hora noturna,
hora extra e férias serão feitos em cima desse valor.
O tíquete refeição também teve um
ganho considerável: pulos dos atuais R$ 13 para R$ 16,50 (27% de aumento). A
proposta inicial dos patrões contemplava apenas 25% de reajuste. As negociações
arrancaram mais 2%, sendo o maior aumento no tíquete refeição de todo Brasil.
Outros ganhos importante também
foram conquistas na campanha salarial 2015:
- 20% de gratificação para
vigilantes motoristas e motociclistas que atuam dentro de condomínios;
- inclusão da Convenção Coletiva
de Trabalho a licença por motivos de saúde correndo os 30 (trinta) dias por
conta da empresa. Ou seja, mesmo que a Medida Provisória 664 instituída pela
Presidenta Dilma seja derrubada, os vigilantes já garantiram o prazo de 30 dias
de afastamento do emprego por motivos de saúde pagos pela empresa. Pela nova
regra, o trabalhador só necessitará ser atendido pela perícia médica do INSS a
partir do 31º dia;
- Benefício social familiar para
os vigilantes (esta conquista vai permitir aos vigilantes terem direito a oito
benefícios que serão divulgados posteriormente);
- 20% de reajuste para os
vigilantes que atuam em
eventos. Hoje, o valor é de R$ 100,00, com o aumento passa a
ser R$ 120,00.
- Seguro de Vida para os
vigilantes com a indenização não mais pelo piso, mas sim pela última
remuneração recebida pelo trabalhador. Para cobertura de morte natural,
ocorrida em serviço ou não, o Seguro de Vida será na proporção de 26 (vinte e
seis) vezes a remuneração do vigilante, verificado no mês anterior. Para
cobertura de morte acidental e invalidez permanente total ou parcial em serviço,
o Seguro de Vida Acidental será na proporção de 55 (cinquenta e cinco) vezes a
remuneração do vigilante, verificado no mês anterior.
Estas e outras conquistas só
foram possíveis graças ao endurecimento do Sindicato durante as negociações.
Desde o início os patrões foram irredutíveis quanto às concessões de benefícios
e reajustes. As rodadas de negociações exigiram habilidade dos representantes
dos trabalhadores.
Cláudio Vigilante, presidente do
SVNIT, ressaltou a conquista dos vigilantes do Rio de Janeiro e destacou o
pioneirismo dos sindicatos de Niterói, Petrópolis, Caxias, Mesquita, Itaguai e do
Estado.
“Conseguimos um importante avanço
nas negociações salariais deste ano. Mesmo o país passando por um período
turbulento economicamente, o reajuste que conquistamos está acima de vários
estados como São Paulo, Paraná entre outros. Os Sindicatos dos Vigilantes de
Niterói, São Gonçalo e região, Petrópolis e região, Duque de Caxias, Mesquita e
o Sindicato do Estado foram os pioneiros nas negociações deste ano. Prova do
nosso pioneirismo é que nossa convenção coletiva já foi registrada no
Ministério do Trabalho e os vigilantes já receberão os reajustes no próximo
salário”, disse.
Cláudio lembrou ainda que a
postura do dirigente sindical deve ser responsável para não ludibriar os
trabalhadores.
“Sempre agimos com muita clareza
e divulgamos todas as ações que fizemos e as contrapropostas dos patrões. Em
momento algum enganamos a categoria e, muito menos, alimentamos esperanças de
índices irreais de aumento. Nós, dirigentes sindicais, temos que agir com muita
responsabilidade para não prejudicar os trabalhadores”, afirmou Cláudio Vigilante,
presidente do SVNIT.
Com
participação recorde de internautas, cerca de 30 mil votos, o jornal O Povo de
São Gonçalo divulgou o resultado da votação que escolheu as personalidades e as
entidades que se destacaram no ano de 2014, segundo os leitores. Como em 2014,
o Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) disputou o
título novamente em 2015 de melhor entidade sindical e foi eleita, pela segunda
vez consecutiva, a melhor instituição sindical da região com 51% dos votos.
A
premiação acontece na próxima sexta-feira (13) no auditório da Câmara dos
Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL). O SVNIT disputou o título com outras
entidades importantes do setor como o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria
da Construção Civil de São Gonçalo – Sinticon, e o Sindicato dos Rodoviários de
Niterói e região. Outras categorias também concorreram ao prêmio como
Personalidades do Ano, Melhor Prefeito, Melhor Empresa, Melhor Presidente de
Câmara de Vereadores entre outros.
A
votação teve início no fim de dezembro de 2014 e encerrado no fim de janeiro. Segundo
o jornal, mais de 30 mil votos foram computados estabelecendo um novo recorde
de participação dos leitores.
“A
diretoria do SVNIT recebeu com muito entusiasmo a notícia de que estávamos concorrendo
esse ano novamente. E, mais uma vez, fomos os escolhidos dos leitores. Tudo
isso é resultado de um trabalho sério e com um único objetivo: melhorar a vida
dos vigilantes da nossa região e defender os seus direitos. O SVNIT trabalha sério
e dá visibilidade às suas ações. Procuramos sempre informar a categoria sobre o
trabalho que desempenhamos e por isso que, talvez, tenhamos tanto
reconhecimento da sociedade. Ganhar esse título novamente só reforça o nosso
compromisso e aumenta a nossa responsabilidade para continuarmos trabalhando em
prol dos vigilantes. Isso também demonstra que estamos no caminho certo. Quero
agradecer a todos que confiaram o voto na nossa entidade”, avaliou Cláudio Vigilante,
presidente do SVNIT.
O
Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) vem repudiar
os desmandos e a perseguição do Secretário de Relações do Trabalho, do
Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias, que é ligado e indicado da
CUT Nacional, com o intuito de prejudicar a categoria de vigilantes de todo
país.
O
Sr. Messias, há algum tempo, vem postergando a publicação do registro da FEVIG
-Federação Interestadual dos Vigilantes do Rio de Janeiro, Distrito Federal e
Goiás, mesmo tendo a entidade cumprido todo os ritos e burocracias exigidas
pelo MTE, além de entregue todas as documentações conforme determina a
legislação.
Ao
mesmo tempo em que o Secretário cria novas dificuldades infundadas e obscuras,
já que não utiliza do dispositivo jurídico com clareza para fundamentar suas
decisões, deixa clara a sua intenção em prejudicar a categoria.
Seu
objetivo, que atende a interesses que todos os trabalhadores conhecem, é prejudicar
a CNTV - Confederação Nacional dos Vigilantes. Esse mesmo Secretário já
suspendeu, em passado recente, o registro da CNTV que é uma entidade séria e
combativa e que ao longo dos seus 22 anos sempre esteve à frente dos interesses
dos trabalhadores no Brasil e fora dele conquistando avanços importantes para a
categoria.
Infelizmente,
atualmente, existe um grupo de pessoas que se uniram no intuito de destruir a
CNTV e criar uma nova entidade para usá-la em conformidade aos seus interesses,
inclusive com pessoas que nunca foram vigilantes, outros que criaram em seu Estado dois pisos
para os vigilantes e que agem com o objetivo de atender aos interesses dos
empresários.
Ao
arquivar o pedido de registro da FEVIG, Manoel Messias atenta contra toda a
categoria dos vigilantes do Brasil. Por ser um indicado da CUT, o Secretário
tem tomado atitudes que vão de encontro ao que prega a maior central sindical
da América Latina que é a livre manifestação e liberdade sindical. A CUT foi
procurada por nós e pela CNTV e não demonstrou muito interesse na permanência
da categoria dentro da Central.
O
Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) convocará uma
reunião para os próximos dias para decidir sobre a sua desfiliação da CUT, já
que o interesse pela defesa dos trabalhadores vigilantes pela central não
parece ser mais importante do que o interesse pessoal e do projeto político de
poder de sua direção.
Os
empresários não encontraram na CNTV e não encontrarão na FEVIG apoio para
atender os seus interesses. A CNTV, a FEVIG e o SVNIT estão incomodando muitos
empresários e seus defensores. Foram várias conquistas nessas duas décadas de
trabalho em defesa da categoria.
Não
adianta! Não vamos nos calar e, muito menos, voltar atrás! Acreditamos no
Judiciário e, por isso, já acionamos a Justiça para as providências. A campanha
do Piso Nacional está na boca dos vigilantes e não vamos retroceder. Com a
união dos trabalhadores, vamos vencer. Fonte: SVNIT Fotos: Reprodução de vídeo do Youtube, O Fluminense e arquivo SVNIT
A Polícia Federal (PF) multou
nesta quarta-feira (4) empresas de segurança privada, de transporte de valores,
orgânicas e cursos de formação em R$ 1.329.841,95 por descumprirem a lei
federal nº 7.102/83, além das portarias da PF que regem o setor. Também receberam
multas 20 bancos, somando R$ 8.717 milhões. As penalidades foram aplicadas
durante a 104º reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança
Privada (CCASP), realizada em Brasília.
Foram julgados 1.335 processos,
sendo 820 contra bancos e 515 contra empresas, cursos de formação e orgânicas,
movidos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp). Duas empresas
foram canceladas, bem como um curso de formação e uma empresa de transporte de
valores.
Durante a CCASP ficou comprovado
que a Transexpert, empresa de transporte de valores, utilizava o serviço de
Policiais Militares (PM) para realizar este serviço em carros comuns e sem
qualquer proteção. Nesta situação, dois PMs foram assassinados durante um
assalto quando transportavam R$ 2 milhões. A delegada titular da Coordenação Geral
de Controle de Segurança Silvana Helena Vieira Borges avaliou como “imoral” a
ação da empresa. “Para tudo tem limite”, sentenciou.
A farra no transporte de valores
não parou por aí. Foram julgados 88 casos da atividade sendo realizada por
motoboys, colocando em risco o trabalhador e substituindo a mão-de-obra
especializada dos vigilantes. Bancos brincam com a vida das pessoas.
O secretário geral da
Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e representante dos vigilantes na
CCASP, Cláudio José, registrou a preocupação da entidade em relação à falta de
compromisso dos bancos com a segurança dos clientes e funcionários. Uma agência
bancária foi autuada por realizar atendimento ao público durante a greve dos
vigilantes.
Cláudio cobrou ainda mais rigidez
na fiscalização e aumento no valor das multas. “Se o banco entender que sem
vigilante pode abrir a agência sem ser punido devidamente, vai abrir margem
para que daqui a pouco nem tenha mais vigilante na instituição. É preciso punir
com valores maiores”, avaliou.
As principais infrações cometidas
pelos bancos foram equipamentos inoperantes, funcionamento de unidades sem
plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente e até
ausência de vigilantes, falta de rendição de vigilantes no horário de almoço,
transporte de valores feito por motoboy e cerceamento a policiais federais para
fiscalizar estabelecimentos dos bancos, dentre outras.
Transporte de valores com motoboy
O Itaú foi multado em 12
processos por fazer transporte de valores acima de 7.000 UFIR para clientes em São Paulo, através da
emprega Protege, que utilizou motoboy, quando deveria ter usado um veículo
comum com a presença de dois vigilantes, de acordo com a lei 7.102/83.
Na defesa, o banco confessou que
emitia ordens de serviço para a Protege quando era necessário levar numerário a
um cliente. “Trata-se um procedimento descabido, ilegal e perigoso, que coloca
em risco a vida dos motoboys”, afirma indignado Ademir Wiederkehr, secretário
de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança
Bancária.
“Além de utilizar motoboy
afrontando a legislação e precarizando o transporte de valores, o banco que
lucrou R$ 20,242 bilhões em 2014, o maior resultado do sistema financeiro no
Brasil, foi novamente o mais multado com R$ 2,474 milhões, o que mostra que não
age com zelo e responsabilidade em assuntos de segurança e proteção da vida de
trabalhadores e clientes”, ressalta Ademir.
Posto do Bradesco na TV Globo sem
vigilante
Um posto do Bradesco que “estava
funcionando sem a presença de nenhum vigilante” na TV Globo, em Brasília, foi
também multado. Além de não ter trabalhador para cuidar da segurança, “a
resposta ao acionamento do alarme foi muito além do aceitável”.
Uma agência do Santander em
Brasília foi multada porque funcionava somente com um vigilante e na hora de
almoço ficava completamente desprotegida, quando a lei 7.102/83 obriga a
presença de vigilantes.
E uma agência do Itaú em São Paulo foi ainda
multada porque retirou a porta giratória com detector de metais, alterando o
plano de segurança sem comunicar a mudança para a Polícia Federal.
“Essas infrações e outras tantas
são injustificáveis diante dos lucros bilionários dos bancos”, aponta Raimundo
Dantas, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.
“Além de apertar a fiscalização,
precisamos atualizar a lei nº 7.102/83, que se encontra defasada. Esperamos
avanços no projeto de estatuto da segurança privada, em elaboração no
Ministério da Justiça, bem como melhorias na atualização da portaria 3233 da
Polícia Federal”, defende Raimundo.
A Polícia Federal (PF) multou nesta quarta-feira (4) 20 bancos em R$ 8,717 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante a 104ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. O Itaú foi novamente o banco mais punido, com multas de R$ 2,474 milhões, seguido do Bradesco com R$ 1,939 milhão, do Santander com R$ 1,568 milhão, do Banco do Brasil com R$ 1,389 milhão e da Caixa Econômica Federal com R$ 564 mil.
Estiveram em pauta 822 processos contra bancos, todos movidos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), por causa do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e das portarias da Polícia Federal. Além de multas, cinco agências foram interditadas.
Também foram julgados processos contra empresas de segurança, transportes de valores e cursos de formação de vigilantes, com aplicação de multas, advertências e cassação de alvarás. A reunião foi presidida pela delegada Silvana Helena Vieira Borges, titular da Coordenação-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP).
As principais infrações cometidas pelos bancos foram equipamentos inoperantes, funcionamento de unidades sem plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente e até ausência de vigilantes, falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, transporte de valores feito por motoboy e cerceamento a policiais federais para fiscalizar estabelecimentos dos bancos, dentre outras.
Veja o montante de multas por banco:
ITAÚ - R$ 2.474.912,51
BRADESCO - R$ 1.939.199,88
SANTANDER - R$ 1.568.615,35
BANCO DO BRASIL - R$ 1.389.114,45
CAIXA - R$ 564.368,85
HSBC - R$ 218.865,15
BANRISUL - R$ 168.139,51
BMB - R$ 83.004,06
CITIBANK - R$ 49.659,42
JBS - R$ 46.113,84
BRB - R$ 42.568,26
CRUZEIRO DO SUL - R$ 31.924,06
BIC - R$ 21.284,13
SAFRA - R$ 21.284,13
ALFA - R$ 21.282,00
BANESTES - R$ 21.282,00
BANIF - R$ 21.282,00
BANCO VR - R$ 14.187,65
ASTECA - R$ 10.642,06
BNB - R$ 10.001,00
TOTAL - R$ 8.717.730,29
"Essas multas revelam mais uma vez que os bancos tratam com profundo descaso a segurança dos estabelecimentos. Todas essas penalidades podiam ter sido evitadas se eles cuidassem efetivamente do cumprimento do plano de segurança das unidades e respeitassem a lei nº 7.102/83 e as portarias da Polícia Federal", afirma Valdir Machado, diretor da Fetec-CUT/SP que representou a Contraf-CUT nesta reunião da CCASP.
"Diante dessa negligência dos bancos, temos que intensificar as denúncias junto à Delesp mais próxima das agências e postos que não cumprem a legislação federal de segurança bancária, a fim de ampliar a fiscalização da Polícia Federal para forçar os bancos a respeitar essa lei, que, embora defasada, protege a vida de trabalhadores e clientes", ressalta Valdir.
A CCASP é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários. A Contraf-CUT é a porta-voz dos bancários. A Febraban representa os bancos.
Foi a primeira reunião da CCASP em 2015. A próxima foi agendada para o dia 27 de maio.
Transporte de valores com motoboy
O Itaú foi multado em 12 processos por fazer transporte de valores acima de 7.000 UFIR para clientes em São Paulo, através da emprega Protege, que utilizou motoboy, quando deveria ter usado um veículo comum com a presença de dois vigilantes, de acordo com a lei 7.102/83.
Na defesa, o banco confessou que emitia ordens de serviço para a Protege quando era necessário levar numerário a um cliente. "Trata-se um procedimento descabido, ilegal e perigoso, que coloca em risco a vida dos motoboys", afirma indignado Ademir Wiederkehr, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.
"Além de utilizar motoboy afrontando a legislação e precarizando o transporte de valores, o banco que lucrou R$ 20,242 bilhões em 2014, o maior resultado do sistema financeiro no Brasil, foi novamente o mais multado com R$ 2,474 milhões, o que mostra que não age com zelo e responsabilidade em assuntos de segurança e proteção da vida de trabalhadores e clientes", ressalta Ademir.
Agências que funcionaram durante greve de vigilantes
Várias agências que abriram as portas sem vigilantes para atendimento ao público durante greves da categoria foram também multadas, diante do descumprimento da lei nº 7.102/83.
"Só a ganância dos bancos explica essa prática irresponsável de abrir agências sem vigilantes durante paralisações da categoria, expondo ao risco a vida dos trabalhadores e dos clientes", critica Lúcio Paz, diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Fetrafi-RS.
Posto do Bradesco na TV Globo sem vigilante
Um posto do Bradesco que "estava funcionando sem a presença de nenhum vigilante" na TV Globo, em Brasília, foi também multado. Além de não ter trabalhador para cuidar da segurança, "a resposta ao acionamento do alarme foi muito além do aceitável".
Uma agência do Santander em Brasília foi multada porque funcionava somente com um vigilante e na hora de almoço ficava completamente desprotegida, quando a lei 7.102/83 obriga a presença de vigilantes.
E uma agência do Itaú em São Paulo foi ainda multada porque retirou a porta giratória com detector de metais, alterando o plano de segurança sem comunicar a mudança para a Polícia Federal.
"Essas infrações e outras tantas são injustificáveis diante dos lucros bilionários dos bancos", aponta Raimundo Dantas, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.
"Além de apertar a fiscalização, precisamos atualizar a lei nº 7.102/83, que se encontra defasada. Esperamos avanços no projeto de estatuto da segurança privada, em elaboração no Ministério da Justiça, bem como melhorias na atualização da portaria 3233 da Polícia Federal", defende Raimundo.
Protesto contra insegurança no transporte de valores
Logo no início da reunião da CCASP, vigilantes que usavam camisetas pretas fizeram um protesto contra as explosões e a insegurança no transporte de valores, cobrando providências das autoridades e dos empresários. "Até quando vão ignorar as vidas perdidas nos ataques a carros fortes", questiona o jornal de quatro páginas com fotos de vigilantes mortos, que foi distribuído aos presentes pelos dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Transporte de Valores (Fintrave).
"Estamos sendo caçados nas estradas que nem animais", advertiu Carlos José das Neves, presidente do SindValores de Brasília. "Não temos condições de fazer escolta com Fiat Uno", completou.
"O vigilante é tratado como mercadoria e não como ser humano", afirmou Cláudio Vigilante, diretor da CNTV, salientando que vários companheiros estão sendo sequestrados e mortos. "Não temos condições de trabalhar", alertou.
O representante do Exército na CCASP, major Lopes, disse que está preocupado e que o problema dos explosivos está sendo estudado. A coordenadora da CCASP ficou de agendar uma reunião específica para discutir a segurança no transporte de valores.
No início da noite desta quarta-feira (04) os vigilantes da empresa VS Brasil contactaram o Sindicato para informar o pagamento do salário de janeiro. De acordo com os trabalhadores, a empresa depositou no fim do dia o salário atrasado. Sobre o tíquete refeição, a VS Brasil se comprometeu a regularizar os repasses até a próxima quinta-feira (05).
A força dos trabalhadores e do sindicato garantiram, mais uma vez, os direitos dos vigilantes.
Vigilantes da empresa VS Brasil paralisaram as atividades no IML de
Niterói, no Barreto, para exigir o pagamento dos salários atrasados desde o mês
de janeiro. A paralisação permaneceu durante todo o dia aguardando uma comunicação
da empresa, o que não ocorreu. O Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São
Gonçalo e região (SVNIT) auxiliou os trabalhadores. Ao todo, 16 vigilantes
estão sem salários. A paralisação vai continuar nesta quinta-feira (05) já que
a empresa não efetuou o pagamento e ainda não informou uma previsão para a
regularização.
O vice-presidente do SVNIT, Paulo Henrique, garantiu que a entidade vai
acompanhar a manifestação dos vigilantes.
“Paralisamos as atividades hoje (quarta-feira) e voltaremos amanhã para
prestar todo apoio às reivindicações dos trabalhadores. São todos pais de
família e necessitam de seus pagamentos em dia. A empresa ainda não passou
nenhuma informação sobre a regularização dos débitos. Infelizmente tem sido uma
prática de boa parte das empresas de segurança atrasar os salários no Estado do
Rio. E, por isso, temos que protestar para buscar uma solução”, frisou Paulo
Henrique.
Participaram da atividade os diretores do SVNIT: Gleide Carvalho e
Eduardo Carvalho.