segunda-feira, 22 de junho de 2020

SVNIT esclarece caso da policlínica de Niterói e repudia ataques à categoria de vigilantes

Nota de Esclarecimento

 

Em razão da notícia divulgada no site de notícias, Plantão Em Foco, sob o título: Acusação de Estupro em Policlínica de Niterói, o Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) vem esclarecer:

 

- A matéria aponta que o autor do fato é profissional vigilante. Diante do apurado, a diretoria do SVNIT passa a expor as informações:

 

- o cidadão acusado de estupro não pertence à categoria de vigilante;

 

- nesta Policlínica não há a prestação de serviços de vigilância privada contratada no período noturno;

 

- o cidadão suspeito trabalha como porteiro e pertence à empresa terceirizada Espaço Serviços Especializados LTDA;

 

- tal empresa não presta serviços de segurança privada;

 

- todo Vigilante deve ter conduta ilibada, cursos de formação, registro na Polícia Federal, o mesmo serve para a empresa de segurança privada, para prestação de serviços de vigilância;

 

- o Sindicato SVNIT, como membro do Conselho Municipal de Saúde, irá oficiar a Fundação Municipal de Saúde para esclarecimento a cerca do ocorrido, o porquê de não ter informado à reportagem a real função do profissional e também por que o serviço é feito de forma incorreta por porteiro e não por profissional qualificado em vigilância;

 

- diante dos fatos, o SVNIT repudia a discriminação da categoria vigilante à qual, constantemente, é atribuída crimes e  más condutas praticadas por outros profissionais clandestinos, ilegais ou imorais;

 

- o SVNIT solicita, ainda, que os veículos de comunicação apurem os reais fatos, identifique as reais funções dos trabalhadores e, no caso em questão, que retifique a informação atribuindo ao porteiro a acusação que não é e nem exerce profissão de vigilante;

 

- a diretoria do SVNIT reitera o apoio à categoria dos vigilantes e reafirma a defesa da conduta ética e profissional às quais os vigilantes são treinados e formados. Toda vez que uma acusação for uma inverdade, o SVNIT atuará para esclarecer e cobrar as autoridades e meios de comunicação.

 

Cláudio Vigilante

Presidente do SVNIT

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Câmara aprova medida que mexe em regras trabalhistas durante o período de pandemia

Com 332 votos a favor e 132 contra, o plenário da Câmara aprovou na tarde desta quarta-feira (17) o texto-base da Medida Provisória 927, que trata de regras trabalhistas durante o período de pandemia. Entre outras alterações, a MP, editada em 22 de março, permite antecipação de férias e de feriados, além de concessão de férias coletivas e teletrabalho, durante o estado de calamidade pública, que é válido até dezembro.

 

A sessão virtual de hoje teve divergências no plenário. Enquanto os deputados favoráveis afirmavam que a MP 927 dá “fôlego” aos empresários, parlamentares críticos à medida faziam restrições. “É uma nova reforma trabalhista, é fazer do emprego um trabalho escravo”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), segundo a Agência Câmara.

 

Alguns deputados tentaram, inclusive, adiar a votação. “Vivemos um momento em que se busca um objetivo comum que se sobrepõe aos interesses individuais: a preservação de empresas e de empregos, sem abrir mão da proteção da saúde dos trabalhadores”, disse o relator do projeto de lei de conversão à MP, Celso Maldaner (MDB-SC).

 

Feriados e teletrabalho

 

Entre as emendas incluídas, está a que permite desconto, das verbas rescisórias, de férias antecipadas se no caso de pedido de demissão o período de aquisição não tiver sido cumprido. O relator também retirou a necessidade de concordância do empregado, por escrito, na antecipação de feriados religiosos. Compensação de período acumulado em banco de horas pode ser feita nos fins de semana.

 

O artigo 4º trata especificamente do chamado home office. E estabelecer que, durante o período de calamidade, “o empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância e determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos”.

 

Outro item criticado pela oposição é que autoriza empresas a criar um banco de horas para que o empregado compense, em até 18 meses, o período não trabalhado durante a pandemia. “Isso vai obrigar o trabalhador a trabalhar aos feriados e domingos”, afirmou o deputado Rogério Correia (PT-MG).

Com informações da Agência Câmara


quarta-feira, 3 de junho de 2020

Mais de 800 vigilantes já foram infectados pelo novo coronavírus

Considerada uma categoria essencial para a segurança de bancos, hospitais, lojas, shoppings, supermercados, entre outros, os vigilantes não têm o reconhecimento devido, mas são esses profissionais que fazem o primeiro atendimento quando o paciente chega a estes locais.

Sem o devido reconhecimento mesmo estando na linha de frente em locais onde o risco de contágio é extremamente alto, nós, vigilantes, estamos sendo contaminados e morrendo por causa da COVID 19, mas ainda não vimos homenagem em nenhum órgão público, jornal impresso ou de televisão ou em nenhuma matéria paga, em agradecimento por participarmos desta batalha.

Apesar de invisível aos olhos de muita gente, o setor da segurança privada trava uma verdadeira guerra contra a COVID-19. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilantes (CNTV), em todo o país, mais de 800 vigilantes já foram vítimas da doença e, desses, 96 perderam a vida.

Adicionar legenda
A CNTV se baseou em informações passadas por sindicatos filiados em todo o Brasil. Entretanto, o número pode ser bem maior por conta das subnotificações e dificuldades em acompanhar um dado que muda tão rapidamente.

“O número de infectados é mais difícil de ser mapeado por conta da falta de testes e pela precariedade das informações que chegam. Mesmo assim conseguimos reunir informações para mapear a doença de maneira satisfatória”, explica o presidente da CNTV, José Boaventura.

Segundo a CNTV, os sindicatos cruzaram informações das secretarias municipais de saúde e da imprensa com seus bancos de associados, além de informações passadas por familiares das vítimas.

De acordo o mapeamento feito pela CNTV, o Estado com mais casos de infecções é o Amazonas (186), seguido pelo Distrito Federal (135) e por Pernambuco (134). Na cidade Manauense já foram contabilizadas 13 mortes, perdendo neste quesito para o Estado do Rio de Janeiro, onde foram contabilizadas 15 mortes.

“Alguns Estados não entram na contagem porque não foi possível confirmar as informações”, diz Boaventura.