Durante a sessão na Câmara de Vereadores desta segunda (27), o vereador Ricardinho Netuno (REP) disparou contra 180 vigilantes que prestam serviços para a Prefeitura de Maricá. Enquanto falava na tribuna da casa, o parlamentar sugeriu acabar com o contrato de serviço de vigilância privada na cidade, deixando pais e mães de família desempregados.
Vale lembrar que, recentemente, os vigilantes da cidade chegaram
a paralisar as atividades por conta dos salários e benefícios atrasados por
conta do descaso da atual prestadora de serviço, a Golden Rio.
“Cancelar o contrato é colocar no olho da rua 180 pais e
mães de família que já estão sofrendo sem salário, sem tíquete alimentação, sem
passagem, deixando esses trabalhadores na rua da amargura”, acredita o presidente
do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e
Maricá (SVNIT), Cláudio Vigilante.
Enquanto o vereador, que se diz ‘defensor do povo’, sugere a
demissão dos trabalhadores, o SVNIT vem atuando para ajudar os vigilantes. A
diretoria do sindicato participou do pregão que aconteceu para a contratação de
uma nova empresa. “O processo de licitação ainda não foi concluído, o que deve
acontecer em até 10 dias. Estamos buscando garantir que todos os trabalhadores
possam seguir na nova empresa – até os que foram demitidos injustamente pela
Golden Rio”, disse Cláudio.
“Quanto aos trabalhadores que estão com a reciclagem
vencida, estamos buscando viabilizar que a Golden Rio pague pelo processo para
que os companheiros não sejam prejudicados”, completou o presidente do
sindicato.
Cláudio Vigilante criticou a fala do vereador, que mostra
estar contra a classe trabalhadora ao criticar uma categoria que, durante a
pandemia de Covid-19, foi considerada essencial pelo líder que ele segue, Jair
Bolsonaro. “O ex-presidente e seus seguidores sempre foram contra o povo e
contra o trabalhador”, lembrou o sindicalista.
“Somos contra o cancelamento do contrato e a extinção desses
postos de trabalho. Isso é dar um tiro na cabeça desses trabalhadores. Queremos,
sim, que a homologação da nova empresa aconteça assim que possível para que os
vigilantes possam ser respeitados”, concluiu o presidente do Sindicato dos Vigilantes
de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá (SVNIT).