quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Após fiscalização de denúncia, Sindicato é acusado na polícia de perturbação do trabalho


As práticas anti-sindicais são mais comuns que muitos pensam. Dessa vez, a vítima é o Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região (SVNIT) que foi denunciado numa delegacia por perturbação do trabalho ou sossego alheio. Isso mesmo, denunciado.

No entanto, a história começa assim. Após receber reclamações de que vigilantes trabalhavam em local insalubre e debaixo do sol de 40° nas dependências do Shopping Itaipu Multicenter, na região oceânica de Niterói, a diretoria do SVNIT foi até o local e constatou as péssimas condições de trabalho.

A empresa responsável pelo posto, a SL4 Segurança e Vigilância, foi acionada pelo Sindicato para buscar uma resolução. O supervisor da SL4 alegou que estava proibido pela empresa de falar ou dar esclarecimentos ao Sindicato.

“Questionamos o porquê do vigilante ter que trabalhar debaixo de sol forte sem qualquer tipo de proteção? São condições insalubres para a prática laboral e, para nossa surpresa, a empresa não quis dar explicações”, afirma Cláudio Vigilante, presidente do SVNIT.

Diante da negativa de um posicionamento da SL4, a diretoria do Sindicato acionou os responsáveis pelo Shopping que só apareceram após 30 minutos de espera.

O mesmo questionamento foi feito ao representante do shopping que alegou que precisava do vigilante no local para realizar a segurança. No entanto, após o Sindicato reafirmar que era necessário um local mais apropriado para o trabalho do vigilante, o representante informou que tiraria o trabalhador daquela condição insalubre até que se buscasse uma outra solução.

Problema parcialmente solucionado após denúncia da própria categoria. O Sindicato cumpriu seu papel de defensor dos interesses e direitos dos vigilantes mas, no dia seguinte, foi surpreendido com uma denúncia feita na delegacia onde dois funcionários da empresa SL4 registraram um boletim por perturbação do trabalho e sossego alheio contra a direção do Sindicato, mencionando nominalmente o presidente Cláudio Vigilante. No BO foram relatados pelos vigilantes diversas informações vazias, incorretas e mentirosas com intuito de imputar algum crime ao Sindicato.

“O que deixa a direção do Sindicato intrigada é entender porque foram usados dois trabalhadores para formular a denúncia junto à delegacia. Totalmente sem fundamento. Imaginamos que quem articulou isso pensa que vai impedir o Sindicato de continuar fiscalizando e atuando na defesa dos trabalhadores. Se enganaram, vamos até às últimas circunstâncias para esclarecer os fatos à polícia e depois voltar contra quem nos acusa”, esclarece Cláudio Vigilante.

O fato está ligado diretamente à prática anti-sindical e forma de intimidar o trabalho do movimento sindical. Comum nos dias atuais, porém terão resistência. As ações cabíveis contra os autores e mandantes da denúncia à polícia já estão sendo preparadas pelo Sindicato. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Ministério Público marca audiência a pedido do SVNIT com a empresa Esquadra e a Petrobras


O Ministério Público do Trabalho de Niterói (MPT) apreciou em tempo recorde o pedido do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região (SVNIT) para uma mesa redonda para discutir o fechamento da empresa Esquadra Vigilância e Segurança e o pagamento de salários atrasados, benefícios e indenizações dos vigilantes.

A audiência está marcada para o dia 19 de janeiro, às 15h. A Petrobras, como é a contratante da empresa, também foi intimada a participar a pedido do Sindicato.

Nesta quinta-feira (14), diretores do SVNIT, Cláudio Vigilante, Cláudio Bernardo e Adilson Silva estiveram na sede da Petrobras, no Rio, para buscar uma conversa com os representantes da fiscalização do contrato e o jurídico da Petrobras. A empresa informou que os funcionários estão trabalhando em home office. Foi repassado à empresa os contatos telefônicos do sindicato.


“Queremos que Ministério Público nos auxilie no bloqueio das faturas da empresa para garantir os pagamentos dos vigilantes. Além disso, que a Petrobras assuma a folha de pagamento de dezembro e pague os benefícios já que os vigilantes atuam nos postos do Comperj. Queremos garantir o reaproveitamento de todos os vigilantes na nova empresa que assumirá o contrato”, afirma Cláudio Vigilante, presidente do SVNIT.

Cerca de 240 vigilantes estão com salários, férias, 13º salários e vales alimentação e transporte atrasados. O SVNIT esteve no posto e denunciou os atrasos.

Um dia depois, a empresa Esquadra confirmou o encerramento das atividades em março de 2021.






quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Esquadra anuncia encerramento de atividades e SVNIT aciona MPT para garantir salários e indenizações

Após denúncia do Sindicato SVNIT de que a empresa Esquadra Vigilância e Segurança não pagava salários a cerca de 240 vigilantes que atuam no polo GasLub (antigo Comperj) em Itaboraí, um dia depois, a empresa anunciou o encerramento das suas atividades. A empresa deve anunciar nos próximos dias o pedido de falência.

Leia também: Trabalhadores da empresa Esquadra no Comperj estão sem salários e plano de saúde

A diretoria do Sindicato já acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Niterói para cobrar o pagamento dos salários e benefícios aos trabalhadores. Na ação, o SVNIT também pede que a contratante, no caso a Petrobras, assuma a folha de pagamento dos vigilantes.

“Vamos também bloquear na justiça as faturas a receber pela empresa para garantir o pagamento das indenizações. Se possível, vamos acionar a Petrobras ainda como responsável subsidiária para garantir as verbas indenizatórias. Ela como cliente tinha a obrigação de fiscalizar a saúde financeira da Esquadra e exigir o cumprimento dos contratos de trabalho”, afirma Cláudio Vigilantes, presidente do SVNIT.

O Sindicato também vai conversar com a Petrobras e pleitear junto ao MPT que a nova empresa que assumir o posto reaproveite os vigilantes que já atuam no local contratando-os.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Trabalhadores da empresa Esquadra no Comperj estão sem salários e plano de saúde

Cerca de 240 vigilantes da empresa Esquadra Vigilância e Segurança que prestam serviços no polo da GasLub (antigo Comperj), em Itaboraí, reclamam a falta de pagamento de salários, terço de férias e parcelamento do tíquete alimentação.

Diante da denúncia, diretores do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região, que representa a categoria, tiveram no local para averiguar a situação. Os dirigentes constataram ainda que a empresa não repassa aos trabalhadores o valor integral do vale transporte e que também não está pagando os planos de saúde e odontológico.

“Vários vigilantes estão passando constrangimento no momento que procuram o hospital e têm o atendimento recusado por falta de pagamento da empresa”, revela Cláudio Vigilante, presidente do Sindicato, que se reuniu com dois inspetores da empresa na sexta-feira (08/01).

O Sindicato afirmou que entrará com denúncia contra a empresa no Ministério Público do Trabalho (MPT) em Niterói exigindo a regularização dos salários e plano de saúde dos trabalhadores. A direção da entidade, não descarta denunciar a Petrobras por omissão na fiscalização do cumprimento do contrato pela empresa, já que a estatal é obrigada a fazê-lo.

“Tivemos o conhecimento de que a Petrobras está multando a empresa por falhas na prestação do serviço. Mas, parece que não está surtindo efeito. Pelo contrário, com a retirada de recursos da Esquadra, a empresa atrasa ainda mais os salários e não melhora as condições de trabalho”, questiona Cláudio que afirmou que até os carros utilizados para ronda dentro do complexo estão em péssimas condições.


As denúncias não param por aí. De acordo com os funcionários, a Esquadra estaria descontando dos salários os valores relacionados à empréstimos consignados efetuados pelo trabalhadores e não repassando o pagamento aos bancos, negativando os cadastros dos vigilantes.

Ainda de acordo com o apurado, a empresa teria perdido o contrato de prestação de serviços à Petrobras e o último mês de trabalho seria março de 2021. “Se isso for verdade, estamos averiguando, os trabalhadores correm um grande risco de tomarem um cano em seus salários e nos pagamentos dos direitos”, questiona Cláudio Vigilante.