Após a categoria recusar em
assembleia a proposta dos patrões de 8% de aumento salarial e autorizar o
Sindicato a negociar um valor maior e assinar a convenção coletiva, a direção
do SVNIT conseguiu avançar ainda mais nas negociações e o reajuste salarial dos
vigilantes ficou em 9% no piso, 27% no tíquete refeição entre outras
conquistas.
Com o reajuste, o salário dos
vigilantes, que já começou a vigorar no dia 1° de março, passa dos atuais
R$1.066,04 para R$ 1.162,00 (9% de reajuste). Com o aumento, os 30% de
periculosidade passam a valer R$ 348,60. Portanto, o salário somado o piso e a
periculosidade passa a ser de R$ 1.510,60. Todos os cálculos de hora noturna,
hora extra e férias serão feitos em cima desse valor.
O tíquete refeição também teve um
ganho considerável: pulos dos atuais R$ 13 para R$ 16,50 (27% de aumento). A
proposta inicial dos patrões contemplava apenas 25% de reajuste. As negociações
arrancaram mais 2%, sendo o maior aumento no tíquete refeição de todo Brasil.
Outros ganhos importante também
foram conquistas na campanha salarial 2015:
- 20% de gratificação para
vigilantes motoristas e motociclistas que atuam dentro de condomínios;
- inclusão da Convenção Coletiva
de Trabalho a licença por motivos de saúde correndo os 30 (trinta) dias por
conta da empresa. Ou seja, mesmo que a Medida Provisória 664 instituída pela
Presidenta Dilma seja derrubada, os vigilantes já garantiram o prazo de 30 dias
de afastamento do emprego por motivos de saúde pagos pela empresa. Pela nova
regra, o trabalhador só necessitará ser atendido pela perícia médica do INSS a
partir do 31º dia;
- Benefício social familiar para
os vigilantes (esta conquista vai permitir aos vigilantes terem direito a oito
benefícios que serão divulgados posteriormente);
- 20% de reajuste para os
vigilantes que atuam em
eventos. Hoje , o valor é de R$ 100,00, com o aumento passa a
ser R$ 120,00.
- Seguro de Vida para os
vigilantes com a indenização não mais pelo piso, mas sim pela última
remuneração recebida pelo trabalhador. Para cobertura de morte natural,
ocorrida em serviço ou não, o Seguro de Vida será na proporção de 26 (vinte e
seis) vezes a remuneração do vigilante, verificado no mês anterior. Para
cobertura de morte acidental e invalidez permanente total ou parcial em serviço,
o Seguro de Vida Acidental será na proporção de 55 (cinquenta e cinco) vezes a
remuneração do vigilante, verificado no mês anterior.
Estas e outras conquistas só
foram possíveis graças ao endurecimento do Sindicato durante as negociações.
Desde o início os patrões foram irredutíveis quanto às concessões de benefícios
e reajustes. As rodadas de negociações exigiram habilidade dos representantes
dos trabalhadores.
Cláudio Vigilante, presidente do
SVNIT, ressaltou a conquista dos vigilantes do Rio de Janeiro e destacou o
pioneirismo dos sindicatos de Niterói, Petrópolis, Caxias, Mesquita, Itaguai e do
Estado.
“Conseguimos um importante avanço
nas negociações salariais deste ano. Mesmo o país passando por um período
turbulento economicamente, o reajuste que conquistamos está acima de vários
estados como São Paulo, Paraná entre outros. Os Sindicatos dos Vigilantes de
Niterói, São Gonçalo e região, Petrópolis e região, Duque de Caxias, Mesquita e
o Sindicato do Estado foram os pioneiros nas negociações deste ano. Prova do
nosso pioneirismo é que nossa convenção coletiva já foi registrada no
Ministério do Trabalho e os vigilantes já receberão os reajustes no próximo
salário”, disse.
Cláudio lembrou ainda que a
postura do dirigente sindical deve ser responsável para não ludibriar os
trabalhadores.
“Sempre agimos com muita clareza
e divulgamos todas as ações que fizemos e as contrapropostas dos patrões. Em
momento algum enganamos a categoria e, muito menos, alimentamos esperanças de
índices irreais de aumento. Nós, dirigentes sindicais, temos que agir com muita
responsabilidade para não prejudicar os trabalhadores”, afirmou Cláudio Vigilante,
presidente do SVNIT.
Willian Chaves - Imprensa Sindical RJ - wmcnoticias@gmail.com
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