segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Vereador de Maricá sugere acabar com contrato e deixar vigilantes sem emprego


Durante a sessão na Câmara de Vereadores desta segunda (27), o vereador Ricardinho Netuno (REP) disparou contra 180 vigilantes que prestam serviços para a Prefeitura de Maricá. Enquanto falava na tribuna da casa, o parlamentar sugeriu acabar com o contrato de serviço de vigilância privada na cidade, deixando pais e mães de família desempregados.

Vale lembrar que, recentemente, os vigilantes da cidade chegaram a paralisar as atividades por conta dos salários e benefícios atrasados por conta do descaso da atual prestadora de serviço, a Golden Rio.

“Cancelar o contrato é colocar no olho da rua 180 pais e mães de família que já estão sofrendo sem salário, sem tíquete alimentação, sem passagem, deixando esses trabalhadores na rua da amargura”, acredita o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá (SVNIT), Cláudio Vigilante.

Enquanto o vereador, que se diz ‘defensor do povo’, sugere a demissão dos trabalhadores, o SVNIT vem atuando para ajudar os vigilantes. A diretoria do sindicato participou do pregão que aconteceu para a contratação de uma nova empresa. “O processo de licitação ainda não foi concluído, o que deve acontecer em até 10 dias. Estamos buscando garantir que todos os trabalhadores possam seguir na nova empresa – até os que foram demitidos injustamente pela Golden Rio”, disse Cláudio.



“Quanto aos trabalhadores que estão com a reciclagem vencida, estamos buscando viabilizar que a Golden Rio pague pelo processo para que os companheiros não sejam prejudicados”, completou o presidente do sindicato.

Cláudio Vigilante criticou a fala do vereador, que mostra estar contra a classe trabalhadora ao criticar uma categoria que, durante a pandemia de Covid-19, foi considerada essencial pelo líder que ele segue, Jair Bolsonaro. “O ex-presidente e seus seguidores sempre foram contra o povo e contra o trabalhador”, lembrou o sindicalista.

“Somos contra o cancelamento do contrato e a extinção desses postos de trabalho. Isso é dar um tiro na cabeça desses trabalhadores. Queremos, sim, que a homologação da nova empresa aconteça assim que possível para que os vigilantes possam ser respeitados”, concluiu o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá (SVNIT).

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