Depois de não comparecer a uma
audiência na Gerência Regional do Trabalho em Petrópolis, o Sindesp/RJ mais uma
vez deu demonstrações claras que não quer negociar a campanha salarial 2013.
Uma mesa redonda estava agendada para a manhã desta sexta-feira, 22, no
Ministério do Trabalho e Emprego, no centro do Rio de Janeiro, entre o patronal e
os sindicatos dos vigilantes de todo Estado do Rio para discutir a ação de
dissídio que os patrões já impetraram na Justiça no intuito de desmobilizar a
categoria.
Desde o dia 21 de janeiro, data
em que foi apresentada aos empresários a pauta de reivindicações, nenhuma outra
reunião aconteceu. O sindicato patronal chegou e agendar uma data, mas
desmarcou posteriormente. Os empresários alegam que ofereceram a reposição da
inflação aos representantes da categoria, que contestam, já que houve sequer
uma nova reunião entre os sindicatos classistas e o patronal.
Os patrões, novamente, agem de má
fé e usando dos remédios judiciais para embargar a luta dos trabalhadores que
reivindicam seus direitos e melhores condições de trabalho. Toda manobra se
deve ao fato do patronato, no estado do Rio, não querer pagar o adicional de
periculosidade como manda a Lei 12.740/12, em vigor desde o dia 10 de dezembro de 2012 em todo país.
Mesmo com o “bolo” dado pelo
patronal, os sindicatos dos vigilantes já estudam novas medidas contra as
empresas. Um novo encontro deverá ser agendado. A data base da categoria é 1º
de março e, a partir dela, várias manifestações deverão acontecer em todo
Estado.
Represálias
Não basta fugir das negociações,
os empresários ainda tem aplicado retaliações contra alguns sindicatos. Todas
as ações dos patrões serão questionadas na Justiça. Essas represálias
demonstram a vontade de engessar as entidades sindicais na busca pelos direitos
dos vigilantes.
Willian Chaves
Assessoria de Comunicação
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