terça-feira, 23 de junho de 2015

PF lança campanha contra a segurança clandestina

Atuando em conjunto com a segurança pública, a segurança privada visa garantir a integridade física de indivíduos e proteger os patrimônios públicos e privados. No entanto o crescimento e a qualificação do setor só não é maior devido à atuação de empresas clandestinas que invadem o mercado, colocando em risco a vida ou o empreendimento do contratante, que não tem garantias de que o profissional contratado possui capacitação, bons antecedentes e as empresas, autorização de funcionamento.

Para informar e alertar a população sobre esses riscos, a Polícia Federal (PF) em parceria com a Fundação Brasileira de Ciências (FBCP) e com o apoio da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) lançam, no próximo dia 24, na Academia Nacional de Polícia (ANP/DPF), a “Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Segurança Clandestina”.

Cláudio José de Oliveira, o Cláudio Vigilante, que é membro da CCASP, estará no lançamento representando os vigilantes de todo Brasil através da CNTV – Confederação Nacional dos Vigilantes e, especialmente, os de Niterói, São Gonçalo e região, através do SVNIT – Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região, onde é presidente.

Claudio avalia que o problema da clandestinidade é muito sério. No Rio de Janeiro, o número de policiais que desempenham a atividade na segurança particular sem qualquer registro na Polícia Federal é muito grande e isso preocupa o Sindicato. Além de tirar policiais das ruas, também diminui os postos de empregos regularizados para os vigilantes formados.

Para a Coordenadora Geral de Controle da Segurança Privada da Polícia Federal, Silvana Helena Vieira Borges, delegada de PF, a campanha tem o objetivo de conscientizar os cidadãos sobre a importância da contratação do serviço regular de segurança privada, bem como representa uma oportunidade de padronização de procedimentos, trabalho este que ao final visa trazer maior segurança à sociedade.

De acordo com Getúlio Bezerra, delegado de PF e presidente da FBCP, esta iniciativa compreende o alinhamento de estratégias que visam à informação e ao fortalecimento do setor de segurança privada. Para Jeferson Furlan Nazário, presidente da Fenavist, a iniciativa vem para complementar e reforçar o trabalho de fiscalização já desenvolvido pela Polícia Federal.

CARTILHA - Durante o lançamento da campanha, será distribuída, também, a cartilha “Como Contratar Segurança Privada Legal e Qualificada”, que tem o intuito de instruir de maneira clara os critérios para se levar em conta ao contratar uma empresa de segurança. A publicação apresenta, também, os riscos aos quais o contratante está sujeito ao optar por uma empresa clandestina.

A presença de pessoas inabilitadas e com antecedentes criminais no interior da empresa, estabelecimento ou domicílio privado tendo acesso a informações da rotina, dos bens e valores e a presença de armas e munições de origem irregular, são apenas alguns exemplos apresentados no manual de contratação.

CLANDESTINIDADE - No Brasil, existem mais de 2.500 mil empresas de segurança privada legalizadas; no entanto é quase o dobro o número de companhias clandestinas que atuam no setor causando a chamada “concorrência predatória”.

De acordo com a Lei 7.102/83, que regulamenta o setor da segurança privada, apenas empresas autorizadas pela Polícia Federal podem comercializar serviços de segurança privada. Além disso, os profissionais – vigilantes – devem passar por curso de formação de vigilantes em escola autorizada pela Polícia Federal e possuir cadastro na instituição.

SEGURANÇA PRIVADA - É a atividade voltada à vigilância, segurança e defesa do patrimônio ou segurança física de pessoas, de forma armada ou desarmada, sendo autorizada, controlada e fiscalizada pelo Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal.


SERVIÇO – O lançamento da “Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Segurança Clandestina” será no dia 24, às 9h30, na Academia Nacional de Polícia (ANP), na Rodovia Setor Habitacional Taquari, Lago Norte, em Brasília (DF). 

Fonte: Diário de Sorocaba

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