O relator do Projeto de Lei 4238/2012,
Deputado Wellington Roberto (PR/PB), não apresentou o documento contendo suas avaliações
sobre o PL, que trata do Piso Nacional dos Vigilantes. Em audiência realizada
nesta quarta-feira (1º), o parlamentar comunicou a existência do documento, mas
não o leu. Vários outros deputados, incluindo a parceira de longa data dos
vigilantes, Erika Kokay, pediu vistas do relatório.
Segundo Wellington, caso a
apresentação fosse novamente adiada, o presidente da Casa, o deputado Eduardo
Cunha, poderia levar a matéria direto ao Plenário, prejudicando assim o debate.
A Confederação Nacional dos
Vigilantes (CNTV) participou da audiência. Segundo o presidente da entidade,
José Boaventura, existe a preocupação de não haver valores estabelecidos para o
Piso Nacional dos Vigilantes.
“Menciona, mas deixa em aberto
para o processo de diálogo”, explicou.
Além disso, o PL 4238/2012 traz
aspectos “inaceitáveis”, segundo Boaventura, no tocante ao Estatuto da
Segurança Privada.
“As seguranças bancárias e
privadas são colocadas como assunto de interesse nacional, o que pode ser impeditivo
para avanços locais”, afirmou.
Boaventura destaca ainda que,
caso o tema seja de interesse nacional, poderá haver também o impedimento de
greves de vigilantes e bancários, uma vez que juízes estarão livres para
determinar a ocupação policial dos bancos, ou a manutenção de 90% dos funcionários
nos postos de trabalho, por exemplo.
“À primeira vista nós não ficamos
satisfeitos”, concluiu.
Outro problema constatado é a
manutenção da escolaridade mínima como sendo de nível fundamental, enquanto a
CNTV e os vigilantes do país pedem que seja nível médio.
“Nós não abrimos mão que a
escolaridade mínima seja de ensino médio completo”, afirmou Boaventura.
É fundamental que os vigilantes
estejam unidos em mais esta luta. A pressão da categoria é decisiva!
Fonte: CNTV
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