Cerca de 240 vigilantes da empresa Esquadra Vigilância e Segurança que prestam serviços no polo da GasLub (antigo Comperj), em Itaboraí, reclamam a falta de pagamento de salários, terço de férias e parcelamento do tíquete alimentação.
Diante da denúncia, diretores do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região, que representa a categoria, tiveram no local para averiguar a situação. Os dirigentes constataram ainda que a empresa não repassa aos trabalhadores o valor integral do vale transporte e que também não está pagando os planos de saúde e odontológico.
“Vários vigilantes estão passando constrangimento no momento que procuram o hospital e têm o atendimento recusado por falta de pagamento da empresa”, revela Cláudio Vigilante, presidente do Sindicato, que se reuniu com dois inspetores da empresa na sexta-feira (08/01).
O Sindicato afirmou que entrará com denúncia contra a empresa no Ministério Público do Trabalho (MPT) em Niterói exigindo a regularização dos salários e plano de saúde dos trabalhadores. A direção da entidade, não descarta denunciar a Petrobras por omissão na fiscalização do cumprimento do contrato pela empresa, já que a estatal é obrigada a fazê-lo.
“Tivemos o conhecimento de que a Petrobras está multando a empresa por falhas na prestação do serviço. Mas, parece que não está surtindo efeito. Pelo contrário, com a retirada de recursos da Esquadra, a empresa atrasa ainda mais os salários e não melhora as condições de trabalho”, questiona Cláudio que afirmou que até os carros utilizados para ronda dentro do complexo estão em péssimas condições.
As denúncias não param por aí. De acordo com os funcionários, a Esquadra estaria descontando dos salários os valores relacionados à empréstimos consignados efetuados pelo trabalhadores e não repassando o pagamento aos bancos, negativando os cadastros dos vigilantes.
Ainda de acordo com o apurado, a empresa teria perdido o contrato de prestação de serviços à Petrobras e o último mês de trabalho seria março de 2021. “Se isso for verdade, estamos averiguando, os trabalhadores correm um grande risco de tomarem um cano em seus salários e nos pagamentos dos direitos”, questiona Cláudio Vigilante.
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