sexta-feira, 24 de julho de 2015

SVNIT garante indenizações integrais aos vigilantes da Facility/Prol e dá início às homologações

O Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) iniciou, nesta sexta-feira (24), as homologações dos vigilantes da empresa Facility/Prol que prestavam serviços à Imprensa Oficial, em Niterói. O trabalho só foi possível após a direção da entidade recorrer ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para buscar uma mediação entre Sindicato, empresa e o contratante para garantir que as rescisões trabalhistas não fossem parceladas. O SVNIT foi contra qualquer tipo descumprimento da CLT. Ao todo, 24 vigilantes foram demitidos injustamente pela empresa.

A reunião que garantiu o pagamento integral dos direitos trabalhistas aconteceu no dia 17 de julho na sede do MPT, em Niterói, onde o Sindicato responsabilizou a Facility/Prol e a Imprensa Oficial pela não quitação das dívidas trabalhistas dos vigilantes.

Os vigilantes Marcelo de Almeida e André Miguel
Para o vigilante Marcelo de Almeida Cepeda, supervisor na Imprensa Oficial e com seis anos de empresa, revelou a decepção com a condução da Facility/Prol pelo descaso com as pessoas.

“Fiquei bem decepcionado por que não só eu, mas 24 colegas desempregados e pais de família fomos literalmente tratados como lixo por quatro meses. Só queríamos os nossos direitos como FGTS, nossa rescisão e o auxílio desemprego, nada demais. Tínhamos colegas com 16 anos de serviço na Imprensa Oficial. O Sindicato foi excelente na parte dele de correr atrás pra gente. Só tenho a agradecer, por que, provavelmente, se não tivesse apoio do Sindicato não estaríamos agora aqui recebendo nossos direitos”, disse.

O presidente do Sindicato, Cláudio Vigilante, atribuiu a garantia dos direitos dos trabalhadores ao respeito conquistado pela entidade nos órgãos da Justiça.

“Para nós foi uma vitória. Jamais permitimos parcelamento ou apenas liberação de guias para saque do FGTS em nossas homologações. Nosso sindicato trabalha para garantir os direitos dos vigilantes. Não compactuamos com qualquer outra forma que não seja a descrita na lei. Garantir o não parcelamento dessas rescisões é uma vitória para esses 24 guerreiros que vinham sofrendo há vários meses com salários atrasados, não pagamento de tíquetes alimentação e, no final, foram demitidos injustamente. Chamamos a Imprensa Oficial na sua responsabilidade que é solidária e garantimos a retenção de faturas para os pagamentos das indenizações. Para nós foi uma vitória de uma obrigação nossa que é trabalhar para o vigilante”, declara Cláudio.

As homologações realizadas nesta sexta-feira (24) ainda receberam ressalvas do Sindicato que
entende que outros direitos ainda podem ser buscados pelos trabalhadores da Facility/Prol. O departamento jurídico do SVNIT já estuda, caso não haja acordo numa próxima reunião, buscar o auxílio da Justiça para garantir mais direitos.

O vigilante André Miguel atuou oito anos na Imprensa Oficial, também afirmou que os trabalhadores foram humilhados.

“Somos 24 vigilantes desempregados, sem auxílio nenhum. A empresa não cumpria com seus deveres. Graças ao Sindicato que foi no Ministério Público com a gente e eu, particularmente, participei da reunião representando os meus colegas e, realmente, presenciei que o Sindicato batalhou pra gente conseguir com êxito essa vitória que está acontecendo agora. Eu espero que as empresas cumpram com suas obrigações e que não façam mais isso com vigilante nenhum, pois todos somos chefes de família e temos que levar o nosso ganha-pão para dentro de casa”, acrescenta.


O Sindicato denunciou a manobra do Estado em trocar a segurança privada, feita por vigilantes, por policiais militares do PROEIS para fazer a guarda do patrimônio, prerrogativa dos vigilantes. As ações cabíveis serão tomadas pela entidade contra a própria imprensa oficial que utiliza da guarda do Estado, porém possui mais de 50% de seu capital sendo privado. 

Piso Nacional


Os trabalhadores aproveitaram que estão no Sindicato para as homologações e também apoiaram a campanha pelo Piso Nacional dos Vigilantes de R$ 3 mil encampada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pelo SVNIT.

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