Diretores da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) participaram de uma avaliação de conjuntura nacional e econômica, além de avaliações do Estatuto de Segurança Privada e da Campanha pelo Piso Nacional de R$ 3 mil. Reunidos em Brasília na quinta e sexta-feira (9 e 10), os dirigentes sindicais contaram também com a participação do ex-presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro; exsecretário de imprensa da ContrafCUT e ex-coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Widerkehr; do supervisor do Dieese/DF, Max Leno; e do coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
O presidente da CNTV, José Boaventura, convidou os presentes a uma avaliação sobre os desafios do movimento dos trabalhadores para continuar avançando nas conquistas, além de destacar a importância dos debates.
“No momento em que nos propomos a refletir sobre a conjuntura, entender o que está acontecendo no Brasil e no mundo, bem como os sinais da economia, as movimentações no Congresso Nacional, no Judiciário, na política como um todo, buscamos nos qualificar para defender melhor os trabalhadores e buscar alternativas do interesse deles. Essas oportunidades são sempre muito preciosas, pois no momento em que juntamos pessoas diferentes, de categorias diferentes, tendemos a enriquecer o debate ainda mais”.
Diretor da CNTV e deputado distrital, Chico Vigilante chamou o grupo para fazer uma reflexão sobre o atual momento em que o Brasil está vivendo tanto no campo da política quanto da economia, mas, sobretudo, sobre a reforma previdenciária. “Do jeito que está indo, neste mesmo ritmo que se encontra, nos próximos anos, teremos mais gente recebendo da previdência do que pessoas contribuindo, e aí não tem sistema que aguente essa lógica”, ressaltou Chico. “O mais grave de tudo isso é que o Congresso não tem estatura para discutir esse momento político e econômico que o País está vivendo hoje”, pontuou.
Diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e ex-presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro destacou a importância que o movimento sindical tem para a classe trabalhadora, principalmente diante desse momento de crise que o Brasil está passando. “Temos que continuar sendo a referência para a classe trabalhadora. Não podemos perder essa luta, que é a luta histórica entre o capital e trabalhador. Infelizmente, neste momento, o capital está vencendo”, colocou.
O supervisor do Dieese/DF, Max Leno, abriu a manhã de palestra fazendo uma análise da conjuntura do país. Ele apresentou uma série de estudos sobre a situação econômica do país, que, para ele, seria o principal motivo para que, a partir de agora, “as negociações salariais estarão vinculadas ao desempenho de cada um dos setores, pois o cenário de 2015 está provocando alguns desafios para as futuras negociações”.
Max alertou que a intransigência patronal tem aumentado muito para não atender os pleitos dos trabalhadores. Segundo ele, os empresários também estão se aproveitando do atual momento de crise para não ceder às demandas dos trabalhadores. “O setor que tiver, mesmo diante da crise, pouco melhor, poderá ter resultados melhores. Não apenas no que diz respeito às negociações salariais e de acordo coletivo, mas também às pressões dos trabalhadores”, lembrou.
Petrobras - O início do encontro também contou com a participação do coordenador da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel, que fez uma análise da situação da empresa e da campanha que setores da direita estão fazendo para entregar o comando da Estatal para o capital internacional. Rangel fez um breve histórico sobre a 5ª Plenária Nacional que foi realizada no último fim de semana, na Escola Nacional Paulista Fernandes, do MST.
Entre outras decisões importantes retiradas da plenária, foi decidido que não há como a categoria petroleira, que tem data-base de setembro, partir para negociar salário, vantagem, benefício, enquanto houver uma situação de um plano de negócios da Petrobras, que foi apresentado cortando 40% dos seus investimentos.
De acordo com ele, depois de elaborada a pauta, a categoria vai chamar mobilizações ao longo da semana, no próximo dia 14, que vai culminar com a paralisação de 24h no próximo dia 24/07. “Formatamos uma pauta política com treze pontos, e que enfim já entregamos para a direção da companhia. Entre outras coisas, queremos a retomada dos investimentos, a conclusão das obras que estão paralisadas, basicamente Comperj e refinaria Abreu e Lima, e a Facen do Mato Grosso”, pontuou.
Fonte: CNTV com Chico Vigilante
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