O Sindicato dos Vigilantes de Niterói,
São Gonçalo e região (SVNIT) lamenta mais uma morte de um trabalhador da
segurança privada no Rio de Janeiro. O vigilante José Augusto Teles Junior, de
33 anos (foto), foi baleado e morto ao tentar evitar o roubo de uma carga de cigarros,
no Sacramento, em São Gonçalo, Região Metropolitana. O caso aconteceu na tarde
desta quarta-feira (17). Os bandidos, armados de fuzil, ainda conseguiram fugir
levando o veículo Fiorino com os produtos.
É a morte de mais um guerreiro que defende
o patrimônio dos empresários. Que arriscam suas vidas trabalhando em condições
totalmente adversas com armamento inferior, carros de baixa potência e não
blindados. Somente em 2017 foram assassinados 10 vigilantes que trabalhavam na escolta.
Há três meses, o presidente do SVNIT,
Cláudio Vigilante, participou de um grupo de trabalho na CCASP/DPF, órgão da
Polícia Federal que regula a segurança privada no país, onde representa a Confederação
Nacional dos Vigilantes (CNTV) que cobrou mudanças na vigilância de escolta
armada como blindagem e melhoria na potência dos carros, melhorias no
armamento, troca de coletes à prova de balas por um equipamento que dê maior
segurança. Todas as essas propostas foram feitas pela CNTV.
Neste grupo participam empresários, Exército
e a própria Polícia Federal. Infelizmente, os empresários repetem o discurso alegando
que não têm condições de assumir os custos destas mudanças recusando atender as
reivindicações da categoria. O que mais choca é que as autoridades também não
manifestam apoio aos pedidos.
“Cobramos também mais respeito dos
empresários e das seguradoras. O valor das cargas escoltadas cobre o efetivo de
quatro vigilantes no carro, no entanto, a maioria das empresas coloca somente
dois. Como vamos lutar contra a bandidagem. Isso é desumano. Vidas estão sendo
ceifadas por conta da ganância dos empresários que só se preocupam com a garantia
das cargas”, afirma Cláudio Vigilante.
O caso é ainda mais grave quando as
empresas colocam apenas dois vigilantes para fazer a escolta de valores
superiores ao que determina a legislação. A seguradora determina que uma carga
de até R$ 2 milhões pode ser feita por dois vigilantes, quando na verdade deveriam
ter quatro profissionais.
A CNTV e o SVNIT, cobraram um posicionamento
do Exército brasileiro e do Ministério da Justiçda em caráter de urgência sobre
as solicitações para autorização da troca do armamento e a blindagem dos carros
de escolta, além da substituição dos carros atuais por outros com potência maior.
As medidas podem auxiliar os trabalhadores nas reações às tentativas de assalto.
“Em todas as situações, temos que
colocar a vida dos vigilantes em primeiro lugar. Eles têm famílias para
sustentar e precisam ter condições para realizar o trabalho. Não é possível que
os empresários não estejam vendo que precisa ser feito alguma coisa para
garantir as vidas dos trabalhadores”, questiona Cláudio.
Fonte: Imprensa SVNIT
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