quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Mais um vigilante de escolta armada é morto no Estado do Rio

O Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) lamenta mais uma morte de um trabalhador da segurança privada no Rio de Janeiro. O vigilante José Augusto Teles Junior, de 33 anos (foto), foi baleado e morto ao tentar evitar o roubo de uma carga de cigarros, no Sacramento, em São Gonçalo, Região Metropolitana. O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira (17). Os bandidos, armados de fuzil, ainda conseguiram fugir levando o veículo Fiorino com os produtos.
É a morte de mais um guerreiro que defende o patrimônio dos empresários. Que arriscam suas vidas trabalhando em condições totalmente adversas com armamento inferior, carros de baixa potência e não blindados. Somente em 2017 foram assassinados 10 vigilantes que trabalhavam na escolta.
Há três meses, o presidente do SVNIT, Cláudio Vigilante, participou de um grupo de trabalho na CCASP/DPF, órgão da Polícia Federal que regula a segurança privada no país, onde representa a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) que cobrou mudanças na vigilância de escolta armada como blindagem e melhoria na potência dos carros, melhorias no armamento, troca de coletes à prova de balas por um equipamento que dê maior segurança. Todas as essas propostas foram feitas pela CNTV.
Neste grupo participam empresários, Exército e a própria Polícia Federal. Infelizmente, os empresários repetem o discurso alegando que não têm condições de assumir os custos destas mudanças recusando atender as reivindicações da categoria. O que mais choca é que as autoridades também não manifestam apoio aos pedidos.
“Cobramos também mais respeito dos empresários e das seguradoras. O valor das cargas escoltadas cobre o efetivo de quatro vigilantes no carro, no entanto, a maioria das empresas coloca somente dois. Como vamos lutar contra a bandidagem. Isso é desumano. Vidas estão sendo ceifadas por conta da ganância dos empresários que só se preocupam com a garantia das cargas”, afirma Cláudio Vigilante.
O caso é ainda mais grave quando as empresas colocam apenas dois vigilantes para fazer a escolta de valores superiores ao que determina a legislação. A seguradora determina que uma carga de até R$ 2 milhões pode ser feita por dois vigilantes, quando na verdade deveriam ter quatro profissionais.
A CNTV e o SVNIT, cobraram um posicionamento do Exército brasileiro e do Ministério da Justiçda em caráter de urgência sobre as solicitações para autorização da troca do armamento e a blindagem dos carros de escolta, além da substituição dos carros atuais por outros com potência maior. As medidas podem auxiliar os trabalhadores nas reações às tentativas de assalto.
“Em todas as situações, temos que colocar a vida dos vigilantes em primeiro lugar. Eles têm famílias para sustentar e precisam ter condições para realizar o trabalho. Não é possível que os empresários não estejam vendo que precisa ser feito alguma coisa para garantir as vidas dos trabalhadores”, questiona Cláudio.
Fonte: Imprensa SVNIT

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