Em um debate tenso com mais de três horas de duração a primeira
rodada de negociação salarial dos vigilantes do Estado do Rio com os
empresários foi tomada por negativas dos patrões em conceder os pedidos
apresentados pelos sindicatos na pauta de reivindicações. Em 2018, a pauta dos
trabalhadores é unificada. Os 15 sindicatos de vigilantes do Estado se uniram
na campanha salarial contra a retirada dos direitos.
Os empresários apresentaram uma contraproposta onde retiram
direitos e tentam implantar o trabalho intermitente, fruto da reforma
trabalhista, que acaba com o piso salarial dos vigilantes, já que permite a
contratação por horas de trabalho.
Os sindicatos dos trabalhadores só aceitaram discutir a pauta
de reivindicações da categoria na primeira rodada de negociações. Os
empresários passaram boa parte do tempo negando os pedidos e, em alguns
momentos, prometendo analisar. No entanto, reforçavam a todo tempo que haviam
apresentado uma contraproposta sob alegação da reforma trabalhista.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões
(SVNIT), Cláudio Vigilante, cobrou dos patrões o pagamento da participação de
lucros (PLR) já que são os vigilantes que arriscam suas vidas para dar lucros às
empresas. “Não vamos abaixar a nossa cabeça para os empresários. No entanto, precisamos
que todos os trabalhadores participem das assembleias para tomarem as decisões
em conjunto com o Sindicato. O sindicato é cada vigilante, portanto, a
responsabilidade do fechamento de uma Convenção Coletiva é da categoria”, afirma.
A proposta unificada apresentada pelos sindicatos reivindica
a reposição integral inflação do período e reajuste de 100% da inflação como
ganho real nos salários. A data base da categoria é 1º de março.
As próximas mesas redondas com os empresários vão acontecer nos
dias 1, 5, e 7 de fevereiro. Após essas datas, o Sindicato irá convoca uma grande
assembleia para apresentar a contraproposta patronal e deliberar sobre as novas
agendas da campanha salarial.
No Estado do Rio de Janeiro são mais de 40 mil vigilantes trabalhando.
Imprensa SVNIT
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