sábado, 27 de janeiro de 2018

Campanha salarial 2018: Primeira rodada de negociações com empresários não avança em nada


Em um debate tenso com mais de três horas de duração a primeira rodada de negociação salarial dos vigilantes do Estado do Rio com os empresários foi tomada por negativas dos patrões em conceder os pedidos apresentados pelos sindicatos na pauta de reivindicações. Em 2018, a pauta dos trabalhadores é unificada. Os 15 sindicatos de vigilantes do Estado se uniram na campanha salarial contra a retirada dos direitos.
Os empresários apresentaram uma contraproposta onde retiram direitos e tentam implantar o trabalho intermitente, fruto da reforma trabalhista, que acaba com o piso salarial dos vigilantes, já que permite a contratação por horas de trabalho.
Os sindicatos dos trabalhadores só aceitaram discutir a pauta de reivindicações da categoria na primeira rodada de negociações. Os empresários passaram boa parte do tempo negando os pedidos e, em alguns momentos, prometendo analisar. No entanto, reforçavam a todo tempo que haviam apresentado uma contraproposta sob alegação da reforma trabalhista.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões (SVNIT), Cláudio Vigilante, cobrou dos patrões o pagamento da participação de lucros (PLR) já que são os vigilantes que arriscam suas vidas para dar lucros às empresas. “Não vamos abaixar a nossa cabeça para os empresários. No entanto, precisamos que todos os trabalhadores participem das assembleias para tomarem as decisões em conjunto com o Sindicato. O sindicato é cada vigilante, portanto, a responsabilidade do fechamento de uma Convenção Coletiva é da categoria”, afirma.
A proposta unificada apresentada pelos sindicatos reivindica a reposição integral inflação do período e reajuste de 100% da inflação como ganho real nos salários. A data base da categoria é 1º de março.
As próximas mesas redondas com os empresários vão acontecer nos dias 1, 5, e 7 de fevereiro. Após essas datas, o Sindicato irá convoca uma grande assembleia para apresentar a contraproposta patronal e deliberar sobre as novas agendas da campanha salarial.
No Estado do Rio de Janeiro são mais de 40 mil vigilantes trabalhando.
Imprensa SVNIT

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