quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Patrões enlouquecem e oferecem reajuste de 2% para os vigilantes do Rio de Janeiro. Sindicatos recusam proposta

Em nova rodada de negociações com o Sindesp RJ (sindicato patronal) ocorrida na terça-feira (14) para discutir a pauta unificada apresentada pelos Sindicatos dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e regiões (SVNIT); Petrópolis e região; Duque de Caxias, Mesquita e Nilópolis; e Itaguaí e Seropédica, os empresários rebaixaram, ainda mais, a proposta de reajuste salarial com a oferta de 2%. Na reunião anterior, a proposta era de 4%. Para o tíquete, o reajuste proposto é de 5%. As propostas estão muito abaixo das reivindicações da categoria. Os representantes dos sindicatos recusaram a proposta na íntegra.

O plano de saúde, de acordo com a vontade dos empresários, seria custeado 50% pelos vigilantes e 50% pelas empresas, sendo opcional a adesão. Já a cesta básica por assiduidade, uma conquista da campanha salarial 2016, teria o valor de R$ 75.

A alegação dos empresários para não atender às reivindicações da categoria é a crise que o país atravessa. No entanto, os balanços das empresas não demonstram prejuízos para as empresas de segurança. “Os empresários apresentaram também uma proposta para acabar com o triênio dos vigilantes. Reafirmamos que não vamos aceitar a retirada de nenhum direito do trabalhador. Por isso, apresentamos uma contraproposta para que as empresas paguem o anuênio”, explica Cláudio Vigilante, presidente do SVNIT e Secretário Geral da CNTV.

Os empresários ficaram de analisar em assembleia do patronato as contrapropostas dos trabalhadores que envolvem o anuênio, plano de saúde pago integralmente pela empresa e o reajuste com reposição integral da inflação e ganho real nos salários e no tíquete alimentação. “Vamos continuar lutando pela nossa proposta. Não vamos aceitar reduzir o índice de reajuste salarial para termos um plano de saúde”, declara Claudio Vigilante.

A participação da categoria nas assembleias convocadas pelos sindicatos será essencial para contra-atacar a tentativa dos empresários de retirarem direitos e encaminhar os rumos das negociações. Ficar no facebook e no whatsapp não configura em participação efetiva. As decisões não são tomadas virtualmente.


Os sindicatos aguardam o agendamento de uma nova rodada de negociações com os patrões e, em seguida, convocará novas assembleias para discutir com a categoria os rumos da campanha salarial. “Em Niterói será assinado o que for aprovado pela assembleia, mais não assinaremos nenhum acordo abaixo da inflação.  Sabemos do medo de muitos vigilantes de se posicionarem. Mas reclamar depois do acordo fechado sem participar não faz bem ao processo”, afirma Cláudio.

Fonte: Imprensa SVNIT

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