domingo, 6 de julho de 2014

PM diz que armas entraram no Maracanã por falha de empresa de segurança na calibragem de detectores de metal


Neste sábado, segundo a PM, detector de metais não apresentou problemas
Comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), o tenente-coronel João Fiorentini Guimarães afirmou ao Jogo Extra que falhas na calibragem dos detectores de metal possibilitaram que pessoas entrassem armadas no Maracanã em três jogos da Copa do Mundo. A empresa Sunset presta o serviço de segurança nos estádios para a Fifa e é a responsável por operar os equipamentos.
— O problema é o equipamento, a sensibilidade do raio X e do detector de metal, que estava calibrado de forma errada. Estava sensível demais e não apontava a presença de armas, por isso alguns policiais de folga conseguiram passar. Tanto que depois que a falha foi detectada a revista manual passou a ser utilizada — afirmou o oficial.
Ontem, o Jogo Extra revelou que o oficial, em relatório enviado ao Ministério Público e ao comandante-geral da PM, afirmou que “as revistas apresentaram diversas falhas, permitindo que pessoas armadas entrassem no estádio sem terem suas identidades e o competente porte de arma verificado”.


De acordo com o documento, “PMs do Gepe foram abordados por policiais de folga, já no interior do estádio, que solicitavam informações sobre possível acautelamento de armas, pois estavam armados e não foram abordados pela iniciativa privada”. Os problemas aconteceram nos jogos entre Argentina e Bósnia, Chile e Espanha e Colômbia e Uruguai. Ontem, segundo ele, o problema não aconteceu.
Já o Comitê Organizador Local (COL), responsável pela contratação da Sunset para o serviço, nega os problemas nos detectores de metal. Trecho da nota enviada pelo órgão diz: “Nenhum incidente de entrada irregular de armamento nos estádios da Copa do Mundo foi registrado durante a operação. Os detectores de metal e aparelhos de raio X no Maracanã funcionam desde o primeiro jogo e auxiliaram na identificação de diversos itens proibidos”.
Fiorentini ainda afirmou que o efetivo de 1.200 seguranças privados que vem sendo empregado é baixo para a final da competição, principalmente se o jogo for entre Brasil e Argentina.
— O número de stewards é baixo para a final, um jogo que a rivalidade pode aflorar e causar problemas. Eu recomendaria também que a venda de bebidas dentro do estádio fosse suspensa em caso de Brasil e Argentina — disse o tenente-coronel.

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