terça-feira, 13 de outubro de 2015

Vigilantes debatem Lei Anticalote na 13ª Conferência Nacional


As propostas de lei anticalote já apresentadas em algumas regiões do país já resultaram em consequências importantes para garantir os direitos trabalhistas dos vigilantes. Na Bahia, a lei já está em vigor e conta com a fiscalização firme do Sindicato dos Vigilantes da Bahia para garantir que os contratos contenham cláusulas incluindo as garantias do anticalote das empresas.

Em setembro, por exemplo, uma nova licitação aberto pelos Correios não trazia a inclusão da lei anticalote no edital para contratação de empresas de segurança. Após
fiscalização do Sindicato e uma notificação enviada aos Correios, a empresa suspendeu a licitação para fazer modificar o edital e acrescentar os fundamentos do anticalote.

No Maranhão, a lei também já está em vigor e beneficia a categoria, já que muitas empresas decretam falência e não quitam os direitos do trabalhador como salários, 13º salário, FGTS e INSS.

O secretário de Assuntos Parlamentares da CNTV e deputado distrital Chico Vigilante destacou a importância de todos os Sindicatos do país debaterem a implantação da legislação em suas regiões. Ele afirma que é necessária uma campanha nacional para garantir que os legisladores se comprometam com a categoria na apresentação da proposição nas Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas. No Distrito Federal a lei também já está em vigor.

“É importante, pois nos traz segurança. Em Alagoas já apresentamos uma proposta ao líder do governo na Assembleia Legislativa”, revela Ferreira, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas.

A lei anticalote prevê o depósito em conta bloqueada dos direitos dos trabalhadores terceirizados, tais como 13º salário, férias, rescisão, multa dos 40% do FGTS e depósito direto do FGTS pelo contratante na conta vinculada da Caixa. A medida visa assegurar o recebimento dos direitos aos funcionários de empresas que atrasam salários e/ou que encerram o funcionamento não efetuando os pagamentos dos encargos trabalhistas. A princípio a legislação é aplicada aos contratantes de órgãos públicos.

“No Rio de Janeiro, tem empresas que estão fugindo de contratos com o Estado. Quando elas começam a fechar alegam que não tem dinheiro para pagar as indenizações e propõem parcelamentos. Há dois meses, num posto da Imprensa Oficial, demitiram os vigilantes para colocar policiais na segurança privada. Já denunciamos aos órgãos competentes. Outro caso, foi uma empresa que parcelou as indenizações em outra região do Estado, no entanto, em Niterói fomos ao Ministério Público do Trabalho e garantimos que a empresa e o contratante pagasse todas os encargos trabalhistas e 15 dias e sem parcelamento. Foi uma vitória para todos nós. Já estamos conversando com vereadores das cidades da nossa base para apresentar o projeto anticalote”, afirma Cláudio José de Oliveira, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região e Secretário Geral da CNTV.


Fonte: CNT

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