A necessidade de resistência, mobilização, organização e luta
foram destaque no debate sobre conjuntura nacional e internacional no 9º
Congresso Nacional dos Vigilantes, realizado na quinta-feira (26), em Brasília.
O ex-ministro da Previdência Ricardo Berzoini, o deputado distrital e diretor
da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) Chico Vigilante e o presidente
da CUT-GO, Mauro Rubens, foram os palestrantes. O presidente do SVNIT e
Secretário Geral da CNTV, Cláudio Vigilante, participou de todas as discussões.
O presidente da CNTV, José Boaventura, iniciou os trabalhos
parabenizando os vigilantes. “É fundamental a realização deste congresso,
principalmente neste momento difícil que enfrentamos. A nossa responsabilidade
é dobrada, por isso, companheiros, este deve ser um ambiente onde o ânimo e a
energia devem prevalecer para avançarmos em nossas lutas. Tivemos grandes
combates e muitos ainda estão por vir. Mais do que nunca, este é um momento de
esperança e, principalmente, resistência”, esclareceu Boaventura.
Berzoini explanou acerca da conjuntura política
internacional. Em seu discurso, o parlamentar explicou aos vigilantes sobre os
reflexos do golpe no exterior. Segundo ele, o que acontece em outros lugares
influencia diretamente em nossa realidade e na relação do Brasil com demais
países. “O golpe no Brasil não foi apenas um golpe de brasileiros contra
brasileiros. Sem dúvida houve interesses por trás de todo o processo. O Brasil
é um país que tem potencial para crescer em meio às grandes potências mundiais.
Sendo assim, é preciso defendê-lo desses ataques”, explica.
Outro ponto destacado por ele foi o golpe instaurado. Para
ele, a população está sendo diretamente afetada. Os reflexos dos ataques à
democracia já chegaram juntamente com o fim da soberania nacional e as nocivas
reformas trabalhista e previdenciária. “O papel do movimento sindical frente a
esses problemas é intensificar a mobilização e batalhar para formar
trabalhadores e trabalhadoras conscientes. Vivemos um período de completo
estado de exceção, onde os direitos dos pobres são retirados diariamente em
favorecimento dos interesses da minoria burguesa. Nossa luta deve ser
constante. Vamos acabar com a perseguição à esquerda brasileira. O futuro do
país está nas mãos da classe trabalhadora e a luta e unidade são a chave para
barrar os retrocessos”, concluiu.
O diretor e deputado da CNTV, Chico vigilante também alertou
para a necessidade do enfrentamento. “Esses projetos nos levarão à ruína e
calamidade total. Precisamos ampliar nossa representação sindical nacional e
internacionalmente, organizar nossa luta e ir para as ruas. Somente com
mobilização garantiremos os direitos não apenas dos vigilantes, mas de toda
população brasileira”, ressaltou.
O 9° Congresso Nacional de Vigilantes aconteceu na última
semana.
Fonte: CNTV
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