Tá faltando alimento em casa. A frase pode parecer forte, mas é a realidade de cerca de 10 vigilantes funcionários da empresa Max Segurança Máxima que estão há dois meses sem receber salários, o tíquete refeição, vale transporte e a segunda parcela do 13º de 2019.
Alguns trabalhadores estão indo para o trabalho de bicicleta, já que não possuem o dinheiro do ônibus. A empresa Max Segurança presta serviços para o Ministério da Agricultura, no posto Mapa da Pesca em Niterói.
Nesta quinta-feira (06/02), os vigilantes resolveram iniciar uma paralisação e contaram com o apoio do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região (SVNIT). O Sindicato procurou por várias vezes a direção da empresa para buscar uma solução, mas sem sucesso.
A contratante também foi acionada que também não se manifestou. A paralisação seguirá até que os pagamentos sejam regularizados. A empresa já havia sido informada sobre a parada nas atividades dos vigilantes no último dia 31 de janeiro.
O SVNIT, em visita ao posto de serviço, ainda detectou outras falhas que ferem a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) como material de trabalho totalmente sem condições de uso. Por conta dos inúmeros descumprimentos, o Sindicato solicitou uma mesa redonda ao MTE/Ministério da Economia com representantes da empresa Max e também do Ministério da Agricultura para buscar uma solução para o caso.
“Temos vigilantes com luz pra ser cortada, aluguel atrasado há dois meses a ponto de ser despejados, com filho recém-nascido e sem condições de colocar comida na mesa para a sua família. E a empresa não está nem aí para esses trabalhadores”, afirma Cláudio Vigilante, presidente do SVNIT.
Para minimizar o sofrimentos dos trabalhadores, o Sindicato fez a doação de cestas básicas aos vigilantes que foram entregues no posto de serviço.
Problemas como esse acontecem por que os contratantes, principalmente os órgãos públicos, não fiscalizam os contratos e ainda procuram por prestação de serviços com valores inexequíveis, ou seja, não cobre as despesas e os direitos dos trabalhadores.
“Vamos continuar lutando e defendendo os trabalhadores. Aguardamos uma posição da empresa”, conclui Cláudio Vigilante ressaltando que “só quem sabe o que um vigilante sofre num posto de serviço, é um outro vigilante”.
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