domingo, 3 de novembro de 2013

Mais Segurança na hora do saque para a População de Niterói

Conselho de Niterói quer vigilantes até mais tarde nos bancos e câmeras de segurança num raio de 100 metros das agências. Projeto foi elaborado para mais segurança

Recentes casos de crimes conhecidos como “saidinha de banco”, em que vítimas são atacadas por criminosos armados após sacarem dinheiro em agências bancárias, têm deixado rastro de sangue nas ruas de Niterói. Foto: André RedlichPreocupado com os recentes casos de “saidinhas de banco” que estão ocorrendo em Niterói, o Conselho Comunitário de Segurança de Niterói elaborou projeto voltado para garantir mais segurança aos usuários de bancos na cidade. O estudo já foi entregue à Prefeitura de Niterói para que seja avaliado e transformado em decreto.

Entre as medidas, o Conselho pede que seja estendido o horário de trabalho dos vigilantes até 22 horas, quando é encerrado o funcionamento dos caixas eletrônicos. O Conselho também pede a instalação de câmeras de segurança num raio de 100 metros das agências. Atualmente as câmeras existem apenas no interior delas.

A ideia é estabelecer, ainda, normas que possibilitem uma integração entre os sistemas de seguranças das Instituições bancárias e o sistema de segurança do Município já existente ou a ser implantado, como Centro Integrado de Segurança, que será criado em Piratininga.

“É preciso que tenhamos atenção a este caso. Niterói tem registrado frequentes casos de saidinha de banco e isto não é normal. Não tem como o batalhão da cidade  [o 12º BPM]manter uma viatura em frente de cada agência e para isso precisamos de mudanças nos padrões executados atualmente. Para isto enviamos o esboço do projeto para o prefeito analisar e estamos aguardando um posicionamento”, disse Leandro.
Também preocupados com os recentes casos do crime em Niterói, os sindicatos dos Bancários e dos Vigilantes de Niterói também elaboraram projeto semelhante. Mas o objetivo principal é reforçar a segurança através de modificações internas nas agências, garantindo a segurança de bancários, vigilantes e também de clientes.

Esse projeto já foi entregue à Câmara de Vereadores  através da Vereadora Verônica Lima (PT) para ser colocado em pauta de votação. Segundo o assessor de imprensa do Sindicato dos Bancários, Willian Chaves, o esboço é reflexo de uma deliberação a nível nacional da Confederação Nacional dos Vigilantes e deverá ser apresentado também em todos os municípios que compõem os sindicatos.

Leandro Santiago concorda que o aumento da segurança nas próprias agências bancárias, que segundo ele, têm se mostrado cada vez mais relaxadas, é uma das principais medidas para se evitar os crimes nas agências.

Leandro Santiago informou, ainda, que o projeto feito pelo Conelho de Segurança será enviado também para os sindicatos dos Vigilantes e dos Bancários, para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e para entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) de Niterói e a Federação das Indústrias do Rio (Firjan).

Casos – Embora a polícia não divulgue estatísticas sobre o tipo de delito, recentemente vários casos têm sido registrados em Niterói, alguns deles, com desfechos trágicos.  Em junho deste ano, o empresário Willians de Vargas Rodrigues, de 35 anos, foi assassinado após sacar R$ 13,5 mil de uma agência do Bradesco na Alameda São Boaventura, no Fonseca. De acordo com testemunhas, dois homens armados em uma moto seguiram a vítima até a Rua Faria Junior, no mesmo bairro, e anunciaram o assalto. Willians lutou com os criminosos antes de ser morto.

Em setembro, Evadir Galvão da Fonseca, de 43 anos, foi assassinado com um tiro no peito, quando tentava defender uma mulher que havia acabado de fazer um saque numa agência do Itaú e foi atacada por dois criminosos em uma motocicleta. Segundo testemunhas, Evadir entrou em luta corporal com um dos bandidos e acabou sendo baleado.

Registros – Segundo o comandante do 12º BPM (Niterói), tenente-coronel Gilson Chagas, vítimas de “saidinha de banco” devem chamar a polícia o mais rápido possível para que seja feito cerco aos criminosos e um trabalho de identificação dos mesmos.

 “As pessoas devem evitar sacar quantias muito altas e, principalmente, não reagir ao assalto. A comunicação ao batalhão é importante. No fim do mês passado, em Icaraí, a Polícia Militar foi acionada e conseguiu, através da operação de cerco, interceptar os bandidos, efetuando a prisão de bandidos que assaltaram um casal após um saque em Icaraí”, lembrou.

O Fluminense   
Ruy Machado 03/11/2013
Foto: André Redtich

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