terça-feira, 5 de novembro de 2013

Vigilantes cruzam os braços no Hospital Azevedo Lima em Niterói por conta de salários atrasados


Três unidades de Saúde do Estado do Rio de Janeiro localizadas nos municípios de Niterói e Itaboraí ficaram sem segurança nesta terça-feira (05) por causa de uma paralisação de cerca de 60 vigilantes que protestam contra os salários, tíquetes refeição e vales transporte atrasados desde o mês de agosto, além de férias não pagas. O Sindicato dos Vigilantes de Niterói já havia denunciado a empresa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e, hoje, protocolou um pedido de mesa redonda urgente no MPT com a empresa Centauro, responsável pela vigilância nos órgãos de saúde do Estado, e a Secretaria de Estado da Saúde. Desde março deste ano a empresa Centauro tem praticado atrasados no pagamento dos proventos e benefícios dos vigilantes.

Está não é a primeira vez que os trabalhadores ficam prejudicados nos recebimentos de seus salários. Há alguns meses o sindicato vem tentando mediar o conflito, porém a empresa insiste em descumprir a Convenção Coletiva de Trabalho que ainda estabelece uma multa para a empresa que atrasar salários. Essa multa é revertida para o trabalhador. Para receber essas multas, o departamento jurídico do SVNIT vai propor uma ação na justiça por descumprimento da Convenção Coletiva exigindo o pagamento pela de todas as multas aplicadas nos casos em que houveram atrasos de salários na região de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá.

Os vigilantes se concentraram junto com o Sindicato no Hospital Azevedo Lima, importante unidade da rede de saúde na cidade, onde buscou uma solução junto ao responsável pela Supervisão de Serviços da Secretaria de Saúde do Estado, Coronel Dutra, que alegou tomar conhecimento da paralisação dos vigilantes no momento em que foi realizado o contato. Dutra disse ainda que informaria seus superiores e também notificaria a empresa.

Foi-se apurado que o Estado também tem pendências com relação a pagamento de faturas à Centauro, o que não justifica os recorrentes atrasos nos salários e no depósito dos créditos para alimentação e transporte.

Diante da indefinição sobre a resolução do problema, os vigilantes decidiram permanecer paralisados até que todos os salários sejam quitados. Vale lembrar que, ainda esta semana, deve ser creditado também o salário referente ao mês de outubro.

“O que está acontecendo é uma falta de respeito muito grande da empresa de Segurança e do Contratante que é o Governo do Estado do Sr. Governador Sérgio Cabral com os trabalhadores. O  vigilante é um ser humano e trabalha para sustentar a sua família. Não pode ser tratado como escravo. As contas vencem e os juros tomam todo o dinheiro dos trabalhadores por causa dos atrasos. Não importa de onde virá o dinheiro,  mas o vigilante tem que receber o seu salário, por isso, estamos pedindo a mediação do MPT para que essa situação não continue”, afirma Cláudio Vigilante, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região.


Nesta quarta-feira (06) os vigilantes permanecerão paralisados.

Imprensa SVNIT

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