Três unidades de Saúde do Estado
do Rio de Janeiro localizadas nos municípios de Niterói e Itaboraí ficaram sem
segurança nesta terça-feira (05) por causa de uma paralisação de cerca de 60
vigilantes que protestam contra os salários, tíquetes refeição e vales
transporte atrasados desde o mês de agosto, além de férias não pagas. O
Sindicato dos Vigilantes de Niterói já havia denunciado a empresa do Ministério
Público do Trabalho (MPT) e, hoje, protocolou um pedido de mesa redonda urgente
no MPT com a empresa Centauro, responsável pela vigilância nos órgãos de saúde
do Estado, e a Secretaria de Estado da Saúde. Desde março deste ano a empresa
Centauro tem praticado atrasados no pagamento dos proventos e benefícios dos
vigilantes.
Está não é a primeira vez que os
trabalhadores ficam prejudicados nos recebimentos de seus salários. Há alguns
meses o sindicato vem tentando mediar o conflito, porém a empresa insiste em
descumprir a Convenção Coletiva de Trabalho que ainda estabelece uma multa para
a empresa que atrasar salários. Essa multa é revertida para o trabalhador. Para
receber essas multas, o departamento jurídico do SVNIT vai propor uma ação na
justiça por descumprimento da Convenção Coletiva exigindo o pagamento pela de
todas as multas aplicadas nos casos em que houveram atrasos de salários na
região de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá.
Os vigilantes se concentraram
junto com o Sindicato no Hospital Azevedo Lima, importante unidade da rede de
saúde na cidade, onde buscou uma solução junto ao responsável pela Supervisão
de Serviços da Secretaria de Saúde do Estado, Coronel Dutra, que alegou tomar
conhecimento da paralisação dos vigilantes no momento em que foi realizado o
contato. Dutra disse ainda que informaria seus superiores e também notificaria
a empresa.
Foi-se apurado que o Estado
também tem pendências com relação a pagamento de faturas à Centauro, o que não
justifica os recorrentes atrasos nos salários e no depósito dos créditos para
alimentação e transporte.
Diante da indefinição sobre a
resolução do problema, os vigilantes decidiram permanecer paralisados até que
todos os salários sejam quitados. Vale lembrar que, ainda esta semana, deve ser
creditado também o salário referente ao mês de outubro.
“O que está acontecendo é uma
falta de respeito muito grande da empresa de Segurança e do Contratante que é o
Governo do Estado do Sr. Governador Sérgio Cabral com os trabalhadores. O vigilante é um ser humano e trabalha para
sustentar a sua família. Não pode ser tratado como escravo. As contas vencem e
os juros tomam todo o dinheiro dos trabalhadores por causa dos atrasos. Não
importa de onde virá o dinheiro, mas o
vigilante tem que receber o seu salário, por isso, estamos pedindo a mediação
do MPT para que essa situação não continue”, afirma Cláudio Vigilante, presidente
do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região.
Nesta quarta-feira (06) os
vigilantes permanecerão paralisados.
Imprensa SVNIT
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