segunda-feira, 27 de março de 2017

Patrões querem impor retirada de direitos já conquistados pelos vigilantes


A assinatura da Convenção Coletiva 2017 que retira direitos dos vigilantes pelo Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio e seus aliados pode comprometer a campanha salarial desse ano. Em nova negociação nesta segunda-feira (27/03), os empresários voltaram a negar as reivindicações e deram como proposta final a mesma assinada pelos Sindicatos ligados à Federação dos Vigilantes do Rio e à Contrasp.

A proposta concede reajuste de 5,4% no salário e tíquete refeição. Os empresários querem também acabar com o triênio já concedido aos vigilantes. Para isso, apresentaram uma compensação que seria dada a cada vigilante contratado a partir de 01/03/2017 no valor de R$ 12,50. Os vigilantes que já recebem o triênio não teriam direito a essa compensação. Acontece que, como o desconto no tíquete de alimentação é de 20%, os trabalhadores efetivamente só receberiam apenas R$ 10 de compensação. A proposta dos empresários ainda retira a obrigatoriedade do pagamento da cesta básica por assiduidade acordada em Convenção Coletiva no ano passado. A proposta foi rejeitada pelos Sindicatos de Niterói, São Gonçalo e região, Petrópolis e região, Duque de Caxias e Itaguaí e Seropédica.

“Somos contra assinar essa CCT da forma que foi assinada por eles, entendemos que a Cesta Básica não estava na negociação e não poderia virar barganha de negociação deste ano. O triênio é uma conquista de mais de 10 anos”, afirma Cláudio Vigilante, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) e Secretário Geral da Confederação Nacional dos Vigilantes.

O SVNIT convoca toda categoria para Assembleia de avaliação da proposta no próximo sábado (01/04), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, que fica a Rua Cadete Xavier Leal, nº 31, Centro de Niterói, às 09h. A assembleia para que a categoria tome decisões acerca da campanha salarial.


A direção do SVNIT também protocolou um pedido de mesa redonda no Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir a proposta e também prepara o ajuizamento do Dissídio Coletivo com o objetivo de garantir os direitos já conquistados.

Fonte: Imprensa SVNIT

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