O Grupo Tripartite de Trabalho
(GTT), formado por representantes do governo, trabalhadores e empresários, aprovou
nesta terça-feira (15), por consenso, o texto final do Anexo 3 da Norma
Regulamentadora (NR) nº16, que trata do adicional de risco de
vida/periculosidade de 30% dos vigilantes, conforme determina a lei nº
12.740/2012. Foi a quarta e última reunião do GTT, realizada nas dependências
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília.
A aprovação ocorreu após intensos
debates nas reuniões anteriores. A bancada dos trabalhadores, integrada por
representantes das centrais sindicais, rebateu diversas manobras da bancada dos
empregadores, liderada pela Fenavist e Febraban, e defendeu os direitos dos
vigilantes.
O texto aprovado define quem são
os profissionais de segurança pessoal ou patrimonial e estabelece “as
atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de
violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial”.
“Concluímos os trabalhos de
elaboração do texto, que traz avanços importantes e garante o pagamento do
adicional de 30% para todos os vigilantes que exercem segurança patrimonial ou
pessoal”, afirma José Boaventura Santos, presidente da Confederação Nacional
dos Vigilantes (CNTV) e coordenador da bancada dos trabalhadores. “O adicional
será pago para 100% dos vigilantes, armados ou desarmados, sem necessidade de
perícia, sem parcelamentos e sem exclusões, como queriam os trabalhadores”,
ressalta.
“A aprovação do texto representa
mais um passo importante para a regulamentação da lei, a fim de consolidar essa
conquista histórica dos vigilantes do Brasil”, destaca Ademir Wiederkehr,
secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de
Segurança Bancária.
Agora o texto será submetido à
apreciação da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), que terá reunião
ordinária nos próximos dias 27 e 28 de novembro. Se for aprovado, na mesma data
poderá ser assinado junto com a portaria pelo ministro do Trabalho e Emprego e
depois publicado no Diário Oficial da União, tornando-se, assim, um documento
legal, de observância obrigatória por parte de todas as empresas.
Quem representou os trabalhadores no GTT
Além de Boaventura e Ademir,
representantes da CUT, também integraram a bancada dos trabalhadores pelas
centrais sindicais: pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Adriano Linhares,
presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis; pela Nova Central (NCST),
Fernando Bandeira, presidente da Federação dos Vigilantes no Estado do Rio de
Janeiro; e pela Força Sindical, Pedro Araújo, presidente da Federação dos
Vigilantes do Estado de São Paulo.
Fonte: CNTV e ContrafCut
Fonte: CNTV e ContrafCut
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