quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Por mais proteção para vigilantes de carro-forte, CNTV e Sindicatos levam propostas ao Ministério da Justiça


Diretores da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e representantes de Sindicatos de Vigilantes participaram de audiência com a secretária nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, Regina Miki, na tarde desta segunda-feira (15). Os dirigentes apresentaram propostas para proteger a vida dos trabalhadores de transporte de valores.

A morte de três companheiros durante ataque a comboio de carros-fortes em Goiás, no início de dezembro, entristeceu e assustou a categoria em todo o país. A tragédia revelou à mídia e à sociedade a insegurança e os riscos diários a que estão expostos os vigilantes.

Durante a audiência na Senasp, os representantes dos trabalhadores vigilantes entregaram à secretária Regina Miki propostas que, aplicadas, aumentarão a segurança dos trabalhadores na execução das atividades.

Para Miki, a sugestão de limitar os valores a serem transportados por via terrestre é plausível e viável, onde o Estado pode definir as regras. A própria secretária nacional de Segurança Pública assumiu o estranhamento por ainda não haver uma norma de delimitação da quantidade de dinheiro transportado.

Tendo em vista que a coibição do uso de armamento ilegal é de competência da União, que as quadrilhas ultrapassam os limites territoriais dos estados e que o dinheiro roubado patrocina o crime organizado, a CNTV propôs à Senasp, também, que a Polícia Federal (PF) assuma as ações preventivas, a investigação e o combate aos ataques a carro-forte. Nesse sentido, Regina Miki declarou que se trata de uma questão complexa, pois altera a rotina de atividades da PF.

Para o presidente da CNTV, José Boaventura, a audiência na Secretaria Nacional de Segurança Pública foi positiva, uma vez que as entidades que representam os trabalhadores estão sendo ouvidas e se mantém na luta para preservar a memória dos vigilantes que já perderam a vida no desempenho da profissão.

“Não somente estamos lamentando, mas seremos fiéis à memória dos companheiros que
perderam a vida no trágico ataque em Goiás. A morte dos três colegas vigilantes não vai ficar em branco. Vamos continuar buscando medidas para proteger a vida dos vigilantes que precisam ter a garantia de retornar para casa depois do trabalho”, afirma Boaventura.

A CNTV solicitou a intervenção de Regina Miki para que as famílias das vítimas participem de uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para expor as dificuldades que têm enfrentado.

A diretoria da CNTV, juntamente com os Sindicatos dos Vigilantes de todo o país, tem buscado o diálogo com as autoridades competentes - como já fez em Goiânia, como o
secretário de Segurança Pública do Goiás - e cobra providências para que ataques não voltem a acontecer.

De acordo com um levantamento da CNTV, foram registrados 49 casos de ataques a carro-forte, oito mortes, 37 feridos e mais de 20 pessoas feitas reféns. Este é o resultado da discreta atuação do governo diante dos casos de assalto e, principalmente, da ausência de investimento dos empresários.

Participaram da audiência o presidente da CNTV, José Boaventura; o secretário Geral da CNTV e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio José; o secretário de Assuntos de Transporte de Valores da Confederação e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas, José Cícero Ferreira; o diretor da CNTV e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Goiânia, Márcio José Brito; o diretor da CNTV e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe; e o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Transporte de Valores do Rio Grande do Norte (Sindforte/RN), Tertuliano Santiago.

Reunião em Goiânia

Os diretores da CNTV e dos Sindicatos dos Vigilantes participaram, na tarde desta terça-feira (16), de uma reunião na Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO). Os desdobramentos desta audiência você acompanha na edição n° 1186 do Boletim Eletrônico da CNTV.


Fonte: CNTV

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