Diretores da Confederação Nacional
dos Vigilantes (CNTV) e representantes de Sindicatos de Vigilantes participaram
de audiência com a secretária nacional de Segurança Pública (Senasp) do
Ministério da Justiça, Regina Miki, na tarde desta segunda-feira (15). Os
dirigentes apresentaram propostas para proteger a vida dos trabalhadores de
transporte de valores.
A morte de três companheiros durante
ataque a comboio de carros-fortes em Goiás, no início de dezembro, entristeceu
e assustou a categoria em todo o país. A tragédia revelou à mídia e à sociedade
a insegurança e os riscos diários a que estão expostos os vigilantes.
Durante a audiência na Senasp, os
representantes dos trabalhadores vigilantes entregaram à secretária Regina Miki
propostas que, aplicadas, aumentarão a segurança dos trabalhadores na execução
das atividades.
Para Miki, a sugestão de limitar os
valores a serem transportados por via terrestre é plausível e viável, onde o
Estado pode definir as regras. A própria secretária nacional de Segurança
Pública assumiu o estranhamento por ainda não haver uma norma de delimitação da
quantidade de dinheiro transportado.
Tendo em vista que a coibição do
uso de armamento ilegal é de competência da União, que as quadrilhas
ultrapassam os limites territoriais dos estados e que o dinheiro roubado
patrocina o crime organizado, a CNTV propôs à Senasp, também, que a Polícia
Federal (PF) assuma as ações preventivas, a investigação e o combate aos
ataques a carro-forte. Nesse sentido, Regina Miki declarou que se trata de uma questão
complexa, pois altera a rotina de atividades da PF.
Para o presidente da CNTV, José Boaventura,
a audiência na Secretaria Nacional de Segurança Pública foi positiva, uma vez
que as entidades que representam os trabalhadores estão sendo ouvidas e se
mantém na luta para preservar a memória dos vigilantes que já perderam a vida
no desempenho da profissão.
“Não somente estamos lamentando,
mas seremos fiéis à memória dos companheiros que
perderam a vida no trágico ataque
em Goiás. A
morte dos três colegas vigilantes não vai ficar em branco. Vamos
continuar buscando medidas para proteger a vida dos vigilantes que precisam ter
a garantia de retornar para casa depois do trabalho”, afirma Boaventura.
A CNTV solicitou a intervenção de
Regina Miki para que as famílias das vítimas participem de uma audiência com o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para expor as dificuldades que têm
enfrentado.
A diretoria da CNTV, juntamente com
os Sindicatos dos Vigilantes de todo o país, tem buscado o diálogo com as
autoridades competentes - como já fez em Goiânia, como o
secretário de Segurança Pública
do Goiás - e cobra providências para que ataques não voltem a acontecer.
De acordo com um levantamento da CNTV,
foram registrados 49 casos de ataques a carro-forte, oito mortes, 37 feridos e
mais de 20 pessoas feitas reféns. Este é o resultado da discreta atuação do
governo diante dos casos de assalto e, principalmente, da ausência de
investimento dos empresários.
Participaram da audiência o
presidente da CNTV, José Boaventura; o secretário Geral da CNTV e presidente do
Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio José; o secretário de Assuntos de
Transporte de Valores da Confederação e presidente do Sindicato dos Vigilantes de
Alagoas, José Cícero Ferreira; o diretor da CNTV e presidente do Sindicato dos
Vigilantes de Goiânia, Márcio José Brito; o diretor da CNTV e presidente do
Sindicato dos Vigilantes de Sergipe; e o presidente do Sindicato dos Vigilantes
de Transporte de Valores do Rio Grande do Norte (Sindforte/RN), Tertuliano Santiago.
Reunião em Goiânia
Os diretores da CNTV e dos
Sindicatos dos Vigilantes participaram, na tarde desta terça-feira (16), de uma
reunião na Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO). Os desdobramentos
desta audiência você acompanha na edição n° 1186 do Boletim Eletrônico da CNTV.
Fonte: CNTV
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