sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Vigilantes da Universidade Federal Fluminense fazem paralisação, por Jornal O Fluminense

Os funcionários terceirizados da Universidade Federal Fluminense (UFF) fizeram uma paralisação no início da manhã de ontem em frente ao campus do Gragoatá. O motivo é a falta de pagamento do mês de dezembro e o atraso do 13º salário. A greve abrange funcionários terceirizados de limpeza, manutenção e vigilância. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza (Sintacluns), Romério Pedro Duarte, o retorno ao trabalho só acontecerá após o pagamento. 
“Vamos permanecer em greve até que algo seja feito. Muitas famílias foram afetadas e estão com dívidas. Precisamos que uma solução seja encontrada com urgência. As empresas alegam que a universidade não repassou o dinheiro. Em contrapartida, a UFF explica que está com dificuldades. Assim sendo, optamos por fazer a paralisação”, afirma Romério. 
Já o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Cláudio José de Oliveira, explicou que na terça-feira ocorreu uma assembleia com a empresa terceirizada e os funcionários. Na reunião, ficou decidido que o pagamento seria efetuado até às 10h de ontem, o que, segundo ele, não ocorreu.
“Queremos os nossos direitos. A situação já não vem de hoje, eles sempre atrasam. Vou encaminhar o caso ao Ministério Público para que uma reunião seja feita e o problema solucionado de uma só vez”, reclama. 
Em nota, a Sintacluns informou que na próxima segunda-feira será realizada outra assembleia no prédio da reitoria da UFF, em Icaraí.
Crise – Segundo o estudante de Ciências Sociais da UFF, Cristiano Souza, de 37 anos, por causa da paralisação, a biblioteca da Universidade não foi aberta e uma prova de seleção de mestrado foi cancelada. 
“Eu me solidarizo com a greve deles, mas os alunos não podem ser prejudicados. Eu uso com frequência a biblioteca e fui impedido de utilizá-la por causa da greve. A UFF deveria sempre falar em transparência e eles deveriam agir assim dessa maneira com a empresa terceirizada. Uma prova de concurso público foi cancelada por esse motivo, o que é inadmissível”, desabafa Cristiano. 
Procurada, a UFF comentou que a administração da Universidade não tem conhecimento de qualquer atividade de greve realizada em suas instalações por vigilantes ou quaisquer outras categorias de prestadores de serviços.
Segundo a nota, nesse momento, a UFF mantém negociações com a empresa responsável pelo serviço de vigilância, com vistas a honrar pagamentos anteriores devidos pela universidade. “A administração acredita que as negociações deverão chegar a um bom termo como ocorreu no caso da empresa que presta serviços de limpeza, copa e motoristas, com a qual a UFF fechou um acordo na quarta”, informa o documento.  
Ainda segundo a nota, a administração vai averiguar se houve efetivamente a suspensão dos serviços em questão, mas afirmou que não há indicações de que exista relação entre problemas tópicos na prestação de serviços da universidade que eventualmente tenham ocorrido e uma greve de vigilantes. Dado o período de férias e recesso, a reitoria recomendou a suas unidades que funcionem em regime especial, com fechamento às 17h.
Fonte: O Fluminense

Nenhum comentário:

Postar um comentário